GPA compartilha principais fatores que impulsionaram o crescimento no 3º trimestre
POR Barbara Fernandes
EM 07/11/2024
Fonte: Divulgação
O GPA tem migrado de um modelo com preço único em todas as lojas para um com precificação baseada na geolocalização. Além disso, a empresa voltou a focar nas categorias de suporte, principalmente Limpeza e Higiene e Beleza. Esses dados foram compartilhados ontem (6) durante a videoconferência de resultados do 3º trimestre com Marcelo Pimentel, CEO da empresa, e Rafael Russowsky, CFO.
A Marca Própria, foi uns fatores levantados pelos executivos, uma vez que já representa 21,7% das vendas totais, com destaque para o Extra com 25,9% de penetração. Os itens também já estão presentes em 8 de cada 10 cestas de compras.
Em relação à expansão, Pimentel contou que o foco permanecerá na bandeira Minuto, que tem sido “extremamente contributiva para a geração de caixa da Companhia”. Isso porque elas têm um custo baixo para construção – de R$ 2 milhões a R$ 2,7 milhões – e apresentam maturação em cerca de 7 meses. “Elas são extremamente contributivas à geração de caixa da companhia”, completou Russowsky.
Fato é que a maior parte das aberturas do 3º trimestre foram da bandeira (8 das 12 lojas inauguradas). Contudo, no período também foram encerradas 10 lojas, sendo a maioria no modelo de proximidade (6), e as demais do Extra (3) e do Pão de Açúcar (1).
Os executivos não entraram em detalhes sobre os motivos do fechamento das unidades de proximidade, porém as três lojas do Extra encerradas têm como foco a melhoria da rentabilidade, enquanto a do Pão de Açúcar ocorreu devido ao “desenvolvimento imobiliário no local onde estava implantada”.
De forma geral, os fechamentos buscam melhorar a rentabilidade da companhia.
Retail Media
Outro destaque da conferência foi o Retail Media que tem ganhado cada vez mais relevância no crescimento de rentabilidade da companhia. “Estamos tratando a estratégia em fases, e agora nos aproximamos do final da primeira, que envolve a captura de potenciais dos ativos físicos de loja”, conta Pimentel.
O CEO conta também que já são mais de 100 contratos assinados com os principais fornecedores, que também já olham para 2025 no planejamento de investimento. “Temos a expectativa de dobrar o resultado referente a 2023 e vamos continuar acelerando isso em 2025. Ainda tem muito trabalho a ser feito no que tange a personificação, digitalização e monetização de dados”, completa o executivo.
Pimentel e Russowsky também contam que desde a implantação do Retail Media a estratégia foi não o deixar na área comercial para que não houvesse a mistura de investimentos da indústria. Dessa forma, o time comercial continua fazendo os trades comerciais (pontos de gôndola e alguns tipos de ações promocionais em loja), enquanto o time de Retail Media está atrelado a diretoria de marketing, que transaciona esse canal com os parceiros. Isso auxilia a empresa a dimensionar os dois recursos.
E-commerce
Os canais digitais também foram assunto da videoconferência. Russowsky destaca que ele tem contribuído significativamente com a margem. Outro fator relevante foi o número de downloads do aplicativo – mais de 2,2 milhões.
Apesar das lojas físicas permanecerem como favoritas, os clientes omnichannel estão crescendo, algo muito positivo quando considerado que a média de compras deles é de 6 a 9 vezes maior do que o consumidor que só usa um dos meios.
Este ano a empresa encerra seu plano de turnaround, e a partir de 2025 inicia o próximo com foco em crescimento. “Estamos muito felizes de estar chegando o final deste terceiro ano entregando tudo aquilo que nos comprometemos, mas ainda mais otimista com tudo aquilo que a gente sabe internamente que temos potencial de atingir. E é nisso que trabalharemos nos próximos três anos”, finaliza Pimentel.
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Barbara Fernandes
Repórter