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Em julho deste ano o valor médio da cesta básica de alimentos caiu na maior parte das capitais em relação ao mês anterior, sendo Curitiba a única que registrou alta com 3,1%. Já Rio de Janeiro e Salvador tiveram as maiores quedas com -9,1% e -6,0%, respectivamente. Em seguida estavam Brasília (-5,9%), Manaus (-5.0%), Belo Horizonte (-4,8%), São Paulo (-3,1%) e Fortaleza (-0,6%).

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Esses dados foram apresentados na pesquisa mensal da plataforma Cesta de Consumo realizada pela HORUS Inteligência de Mercado e o FGV IBRE (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas) com algumas das capitais do país. O serviço monitora a variação de preço por meio de uma análise de leitura mensal com mais de 35 milhões de notas fiscais de duas cestas típicas brasileiras – a Cesta de Consumo Básica, que conta com alimentos básicos que tem maior presença nas compras do shopper, e a Cesta de Consumo Ampliada, que possui mais de 50 produtos de consumo, incluindo bebidas e itens de limpeza, higiene e beleza.

Apesar da queda, em questão do valor a cesta mais cara é a de São Paulo com uma média de R$ 825,55, seguido pelo Rio de Janeiro com R$ 812,36, que até então ocupava o posto de cesta mais cara. Por outro lado, Belo Horizonte (R$ 565,48), Manaus (R$ 641,72) e Salvador (R$ 672,25) registraram os menores valores.

A variação nos valores da cesta acumulados nos últimos 6 meses também sofreu uma queda em 7 das 8 capitais analisadas, e novamente Curitiba foi a única que teve um aumento no período com uma alta de 1,4%. Dentre as reduções mais significativas se destacam Belo Horizonte com -9,6%, Brasília com - 8,5% e o Rio de Janeiro com -7,2%.  

Em relação aos produtos que compõem a cesta básica, metade apresentou queda no preço em todas as regiões analisadas, sendo esses o feijão, ovos, leite UHT, açúcar, óleo, margarina, frango, farinha de mandioca e massas alimentícias secas. Entretanto alimentos como legumes, frutas, carne suína e pão tiveram um aumento em algumas das capitais.  

Segundo dados da pesquisa a queda no preço dos alimentos se deve a diversos fatores, desde a redução nos custos de produção até o aumento da oferta e consequente queda nos preços das commodities. 

Mais especificamente, na questão do óleo, da margarina e do açúcar, a redução nos preços se deve aos resultados recordistas da safra de soja, milho e açúcar. Já em relação às proteínas animais (bovino, suíno e aves) e seus derivados, como o leite UHT e ovos, os recordes na safra de grãos – principais insumos para a alimentação animal – são um dos responsáveis pela queda dos preços. 

Enquanto isso, as frutas e legumes registraram uma alta nos preços em algumas capitais devido ao clima típico da estação – frio e úmido, que atrasou o amadurecimento e prejudicou a qualidade de muitos desses alimentos, em especial a batata, cenoura, maçã e banana; algo responsável pela redução da oferta e consequentemente o aumento no valor do produto para o consumidor final.

Os alimentos que mais subiram em relação ao preço nas capitais estudadas no último semestre foram os ovos, verduras, azeite, achocolatado e batata congelada. E os alimentos que registraram maior queda durante o mesmo período foram o óleo, o frango, o suíno, as frutas e o feijão. 

Cesta de consumo ampliada

Quando consideramos a cesta de consumo ampliada que abrange produtos de higiene, limpeza e bebidas os resultados são semelhantes com queda em todas as capitais exceto Curitiba que teve uma alta de 1,6%. 

Assim como na cesta básica, as capitais que apresentaram o maior valor na cesta ampliada foram São Paulo (R$ 1.892,51) e Rio de Janeiro (R$ 1.858,93). Entretanto, apesar do alto valor, a capital carioca registrou a maior queda com -10,7%, seguida por Belo Horizonte com -7,8% e Brasília e Salvador com -4,4% cada. 

Nesta cesta produtos como sabão para roupa em pó, leite em pó, molho de tomate, chocolate, refrigerante, shampoo, amaciante de roupas, sabonete, farinha de trigo e leite condensado tiveram uma queda nos preços em todas as capitais.

De modo geral, essa redução no valor da cesta no último mês é reflexo da queda nos preços dos alimentos presentes em diversas refeições dos brasileiros. E segundo as empresas responsáveis pela pesquisa, esta diminuição gera um alívio no bolso do consumidor, especialmente dos menos favorecidos.

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