19/11/2025
Perfil multicultural e jovem ganha peso no consumo de pescados e altera sortimento das lojas
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 19/11/2025

Foto: Adobe Stock
A mudança no perfil demográfico dos consumidores de frutos do mar tem alterado a dinâmica de venda no varejo alimentar. O avanço da participação de jovens adultos e públicos multiculturais redefine padrões de escolha, enquanto o envelhecimento dos baby boomers reduz o peso histórico desse grupo na categoria.
Dados do relatório The Power of Seafood 2025 mostram que mais da metade dos consumidores frequentes de pescados pertence à Geração Z ou aos millennials, e que 41% têm maior probabilidade de integrar minorias étnicas, como hispânicos e negros. Já boomers e Geração X concentram o consumo ocasional.
Estudos da McKinsey indicam que a Geração Z tende a assumir maior relevância econômica nos próximos anos. A renda média de um jovem de 25 anos desse grupo já supera a dos boomers na mesma idade, e seus gastos crescem em ritmo mais acelerado. A consultoria projeta que a participação desse público ultrapassará a dos boomers globalmente até 2029.
O levantamento aponta que 58% dos jovens consomem frutos do mar com regularidade e que 31% ampliaram essa ingestão no último ano, acima do índice da população geral. As reduções observadas estão relacionadas a preço, inflação, busca por variedade e substituição por outras proteínas.
Oportunidades
Especialistas avaliam que o varejo pode ampliar a penetração da categoria ao oferecer itens prontos, opções para preparo rápido e refeições para levar.
Conteúdos educativos, receitas e demonstrações contribuem para reduzir barreiras e incentivar experimentação, sobretudo entre consumidores jovens com rotina mais acelerada.
Além disso, produtos com sabores globais e maior diversidade de espécies tendem a dialogar com perfis multiculturais, enquanto iniciativas de fornecimento responsável atendem à demanda por sustentabilidade.
Entre os desafios, destaca-se a percepção de preço. Há consenso de que frutos do mar são vistos como proteína de alto custo, o que limita frequência e volume. A orientação é que o varejo reposicione o valor da categoria ao evidenciar versatilidade, variedade de usos e papel nutricional.
Outro ponto considerado central é a qualidade, definida como o principal fator de decisão. Pesquisas da FMI mostram que consumidores pagam mais quando identificam vantagens concretas ligadas à saúde, conveniência e experiência de consumo.
A segmentação do público também é tratada como essencial. Consumidores recorrentes buscam informações detalhadas sobre origem, preparo e aspectos nutricionais; os ocasionais preferem orientações simples.
Recursos digitais, como QR Codes e conteúdos distribuídos por aplicativos, ampliam o acesso a informações e podem aumentar a familiaridade com a categoria. A avaliação do setor é que a comunicação consistente sobre benefícios, rastreabilidade e formas de preparo reduz a percepção de que se trata de um item restrito e fortalece o consumo cotidiano.
Fonte: Asserj
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