06/11/2025
Nostalgia, diversidade e sensações definem tendências alimentares para 2026
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 06/11/2025

Foto: Adobe Stock
A Mintel divulgou as principais previsões para o setor de alimentos e bebidas em 2026. O relatório indica que as transformações culturais e comportamentais seguirão redefinindo a relação dos consumidores com o ato de comer, criando oportunidades para empresas que investirem em conexões emocionais, diversidade alimentar e inovação sensorial.
A consultoria aponta três tendências centrais para o próximo ano: rejuvenescimento retrô, diversidade alimentar e experiências multissensoriais.
Tradição reinterpretada
O primeiro movimento, chamado de “rejuvenescimento retrô”, descreve uma tendência de retorno a técnicas e valores tradicionais, reinterpretados sob novas perspectivas. A nostalgia, segundo o relatório, não se associa a uma década específica, mas à busca por segurança e simplicidade em meio à instabilidade global. A expectativa é que as marcas combinem práticas ancestrais como fermentação, conservação natural e uso de ingredientes sazonais a estratégias de inovação e sustentabilidade.
Essas ações podem fortalecer a confiança do consumidor, ao mesmo tempo em que favorecem redução de desperdício e benefícios à saúde intestinal.
Diversidade alimentar como estratégia
Outra tendência destacada é a “maximização da saída e diversidade na entrada”, que amplia o papel da inclusão alimentar no setor. O estudo aponta que consumidores estão mais atentos à variedade e personalização das dietas, priorizando experiências que conciliem bem-estar, identidade cultural e tecnologia.
Ferramentas de inteligência artificial devem ganhar espaço no planejamento de cardápios e na criação de combinações alimentares semanais. O objetivo é estimular o consumo de diferentes ingredientes, respeitando preferências individuais e necessidades nutricionais específicas.
De acordo com a Mintel, esse cenário abre oportunidades para empresas que desenvolvem produtos adaptados a públicos diversos, incluindo crianças e pessoas neurodiversas.
Experiências multissensoriais
A terceira tendência observada é a valorização das características sensoriais dos alimentos, que passam a ser percebidas de forma mais ampla. O estudo projeta um avanço no interesse por texturas, aromas e aspectos visuais, que ganham relevância em um cotidiano cada vez mais digital.
As marcas são encorajadas a criar experiências práticas e inclusivas, que estimulem o tato, o olfato e a audição, além do paladar. A intenção é redefinir o prazer alimentar e aproximar diferentes gerações por meio da inovação sensorial.
Um consumidor resiliente e exigente
O relatório conclui que o perfil do consumidor de 2026 será marcado pela resiliência, adaptabilidade e consciência de consumo. A alimentação deve refletir uma busca por segurança emocional e nutricional, combinando sustentabilidade, relevância cultural e prazer sensorial.
A Mintel avalia que compreender e antecipar esses comportamentos será essencial para marcas que desejam preservar competitividade e construir relações significativas com um público cada vez mais informado e exigente.
Fonte: Food Innovation
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