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Indústria surfa na onda de canetas emagrecedoras e tendencias de consumo para ampliar o portfólio de proteicos

POR Reportagem SA+ Conteúdo

EM 13/11/2025

Adobe Stock

Foto: Arquivo SA+ Ecossistema de Varejo


A busca por proteína ganhou foco na dieta do brasileiro e passou a orientar estratégias da indústria de alimentos. O movimento acompanha o avanço dos medicamentos análogos de GLP-1, usados no tratamento da diabetes, que alteram o comportamento alimentar ao reduzir o apetite e prolongar a saciedade.

O uso desses emagrecedores no Brasil ainda é restrito, mas projeções indicam crescimento. Segundo a Global Burden of Disease e a Associação Médica Brasileira até 6% da população poderá utilizar os medicamentos nos próximos anos, percentual que pode aumentar caso sejam incorporados ao SUS. A indústria farmacêutica calcula que o mercado movimente cerca de R$ 5 bilhões ao ano.

As empresas de alimentos monitoram essa mudança. O Brasil, que já está entre os maiores consumidores de carne bovina e de frango no mundo, passou a incorporar refeições prontas e produtos funcionais enriquecidos com proteínas.

A Seara, da JBS, lançou em agosto a linha “Protein”, com refeições congeladas que chegam a 30g de proteína por porção. A empresa informou que o projeto foi iniciado após perceber uma migração do consumo de volume para o consumo de valor. Em testes preliminares com 200 consumidores, o público demonstrou interesse em refeições menores e mais densas nutricionalmente. A marca planeja ampliar a distribuição nacional em 2026.

Na BRF, controladora de Sadia e Perdigão, a linha “Meu Menu” foi desenvolvida com foco em refeições equilibradas e com até 24g de proteína. Internamente, a companhia cita estudos que mostram que uma parcela relevante da população busca conveniência, alimentação saudável e praticidade, fatores que sustentam a expansão de refeições congeladas no país.


Suplementação e novas categorias


Na Danone, executivos avaliam que a demanda crescente por proteína faz parte de um movimento mais amplo de gestão de peso. Com cerca de 61% dos adultos vivendo com excesso de peso ou obesidade, segundo o IBGE, a empresa tem reposicionado o portfólio para atender diferentes perfis de consumidores. A estratégia inclui produtos com combinações de proteína, fibras, probióticos e baixo teor de açúcar, como as linhas Yopro, Activia 000 e Danone 5 Zeros.

A companhia considera que a expansão dos medicamentos de GLP-1 atua como acelerador desse movimento, mas não como sua origem. A análise é de que a mudança nos hábitos alimentares tende a se consolidar independentemente do uso dos fármacos.


Tendências internacionais


Nos Estados Unidos, onde cerca de 12% dos adultos já utilizaram medicamentos à base de GLP-1, estudos mostram queda de 6% a 11% nos gastos com alimentação, acompanhada de mudanças no perfil de compras. O consumo de produtos ultraprocessados diminuiu, enquanto alimentos ricos em proteínas, fibras e com baixo teor de açúcar ganharam espaço.

Marcas globais têm respondido ao movimento. A Nestlé lançou a linha Vital Pursuit, voltada especificamente a consumidores do remédio. A Danone registrou aumento significativo nas vendas de iogurtes proteicos da marca Oikos no último ano.


Efeitos metabólicos e orientação profissional


Especialistas apontam que a redução do apetite provocada pelos análogos de GLP-1 leva o paciente a comer menos vezes ao dia, exigindo maior atenção à qualidade das refeições.


Médicos afirmam que a perda de peso rápida pode incluir redução de massa muscular caso não haja reposição adequada de proteínas. A recomendação profissional costuma variar entre 1,2 g e 1,6 g de proteína por quilo de peso corporal.

Nutricionistas destacam que a mudança é metabólica e comportamental: pacientes passam a priorizar alimentos mais densos nutricionalmente e a reduzir porções. O excesso de proteína, no entanto, também pode gerar efeitos indesejados, como sobrecarga renal, em alguns casos.


Fonte: Invest News

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TAGS:Consumo,GLP-1,Ozempic,Danone,JBS, Nestlé, BRF
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