Whole Foods fatura mais de US$ 17 bilhões de dólares anualmente
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 29/02/2024
Café Grumpy - Whole Foods. Foto: Arquivo SA+ Ecossistema de Varejo
O Whole Foods tem como proposta de valor nutrir as pessoas e o planeta e estabelecer padrões de excelência para o varejo alimentar, focando qualidade. Seu faturamento anual alcança 17 bilhões de dólares, o número de lojas é de aproximadamente 546 e o npumero de funcionários ultrapassa 105.000 - segundo dados divulgados pela empresa em 2017, porém estima-se um crecimento de 10% nos últimos anos.
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Um estudo da Business Insider identificou que o perfil médio de clientes do Whole Foods é formado por mulheres entre 25 e 34 anos, com ensino superior e renda de mais de US$ 80 mil ao ano. Na média, ela compra cerca de 9 itens a cada visita à loja e deixa cerca de US$ 42 nos caixas da empresa.
Os gastos dessa “cliente típica” correspondem a 5% de tudo o que ela consome habitualmente e a 50% do total comprado na Amazon, que adquiriu o Whole Foods em 2017. Em sua cesta na rede de supermercados, constam frequentemente mercadorias da marca própria 365, assim como laticínios de indústrias como Organic Valley e carnes Applegate.
A presença de produtos naturais, orgânicos e sustentáveis no sortimento da varejista, desde a sua chegada ao mercado em 1980, é uma parte importante da execução do seu posicionamento. O Whole Foods procura incluir no sortimento itens desse segmento que estão em ascensão, como probióticos.
Antenada com as mudanças do consumidor, as novas lojas da rede vêm aumentando as soluções de refeições prontas e os espaços dedicados ao consumo no próprio lugar. Unidades da nova geração somaram mais 750 SKUs à média histórica de 34.000 a 50.000 itens, conforme o tamanho da área de vendas.
Loja visitada
A unidade localizada no número 63 da Madison Avenue possui 5.016 m² distribuídos em dois andares. “Trata-se de uma solução de real state absurdamente poderosa. O custo do aluguel do térreo corresponde a 10% do valor do andar de cima”, explica Júlio Takano, sócio da Varejo180 e CEO da KT Kawahara Takano Arquitetura de Negócios.
O custo permite ao Whole Foods não só tornar o empreendimento mais atrativo para o consumidor como executar a loja na parte superior, utilizando o térreo como um espaço de boas-vindas para o cliente. Ali está presente o Café Grumpy (foto acima), uma empresa local, que pertence a mulheres, certificada pela operação independente e conhecida pelo atendimento que brinca com o mau humor.
Também está localizado nesse nível o ZA’ATAR by Whole Foods, voltado à alimentação do Oriente Médio, e uma área de Grab & Go, para compras rápidas de comida pronta. Mas o objetivo principal do conceito aplicado à unidade é justamente reter o consumidor por mais tempo.
Takano ressalta que todo o projeto foi pensado com essa finalidade, começando pela possibilidade de o cliente enxergar da rua que existe um Whole Foods também na parte superior. E é por isso que no andar de cima fica o restante do supermercado, incluindo as áreas de refeições prontas, como a cozinha gourmet, a área de gastronomia japonesa e mediterrânea, buffets de salada, de molhos e de acompanhamentos e o de sopas, além, é claro, de um espaço ampliado para o cliente saborear seu prato dentro da própria loja.
A presença dessas soluções de alimentação atrai o cliente e faz com que ele passe pelas demais áreas da loja, como a de flores, de beleza, a peixaria, o açougue etc. A unidade também dedica maior espaço a probióticos – entre outros produtos com apelo à saudabilidade –, cujo consumo vem crescendo significativamente.
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Matéria originalmente publicada na edição de fevereiro de 2024 da SA+ Ecossistema de Varejo. Leia a edição completa AQUI .
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