RH: silêncio entre gestor e funcionário é coisa do passado
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 13/01/2019
Um certo pacto de silêncio acontecia em grande parte das empresas até poucos anos atrás. O chefe não dava feedback espontaneamente ao funcionário, e o colaborador, por sua vez, deixava de cobrar esse retorno do gestor por medo de ser mal-visto e sofrer retaliações. Felizmente, esse falso clima de tranquilidade deixou de ser regra na relação entre patrão e empregado, mas ainda persiste em algumas companhias e departamentos.
É preciso encarar o problema. Ignorá-lo é o pior a ser feito, mais do que isso, seria inútil. Afinal, dar e receber feedback não é uma escolha, mas uma necessidade para sua empresa. Os funcionários já decidiram que essa barreira de silêncio tem de ser quebrada e cabe aos empresários e gestores estarem abertos para uma relação mais próxima e transparente com suas equipes.
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Quem não estiver disposto a escutar as queixas e aflições dos funcionários, saberá delas de outras formas. Um exemplo é o site Love Mondays , no qual profissionais podem avaliar de forma anônima as empresas em que trabalham atualmente ou mesmo as companhias nas quais já atuaram. O propósito é "permitir que as pessoas sejam ouvidas pelas organizações, bem como permitir que as organizações saibam o que seus funcionários sentem", conforme explica Luciana Caletti, CEO da Love Mondays. A página também permite ver salários oferecidos, conferir oportunidades e conhecer a cultura da empresa.
Iniciativas assim fortalecem o conceito de employer branding, ou marca empregadora. Em outras palavras, é a reputação da empresa junto a seus funcionários, algo capaz de influenciar o interesse das pessoas em trabalhar lá. Companhias com boa reputação tendem a ser mais atrativas a gente talentosa.
Nova visão do RH
A velha forma de fazer RH está morrendo. Quem diz isso é Whiny Fernandes, responsável pelo employer branding da Creditas . A financeira já adotou, na prática, mecanismos capazes de reduzir a distância entre os seus profissionais. Semanalmente, há reuniões individuais com funcionários que desejam receber feedbacks. Elas duram meia hora e são divididas em três partes de dez minutos: uma para o colaborador, outra para o líder e a última sobre o futuro. A ideia é encorajar o relacionamento. Ronaldo Marciano, gerente de tecnologia da Creditas, aprova a iniciativa. "Tenho retorno semanalmente. Isso torna o ambiente seguro para eu poder trabalhar", afirma.
A Creditas utiliza também a plataforma Aleteia, canal eletrônico que permite, de forma anônima, relatar situações que não condizem com o código de conduta ou com os valores da marca. Toda informação postada por lá é avaliada por um comitê interno da empresa.
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