Foto: SA+ Ecossistema de Varejo 

Mais uma edição do Fórum Regional foi realizada com sucesso. Dessa vez no Rio de Janeiro, reunindo profissionais do setor em um dia recheado de insights, cases de sucesso, exemplos práticos e muito networking. Finalizamos o evento com a sensação de objetivo cumprido, aproximando ainda mais varejo e indústria para um crescimento conjunto. 

PARCEIROS

 

Seara

Há cerca de 12 anos fazendo parte da JBS, a Seara tem acumulado uma série de conquistas. Entre elas, está a liderança no mercado de congelados, o fato de ser a marca com maior índice de recompra na categoria e de ter alcançado uma penetração nos lares de 92%. Agora, um dos focos da empresa é a excelência comercial, que visa um aprimoramento do serviço ao varejo e uma proximidade cada vez maiores. Nesse sentido, a empresa reestruturou sua área de vendas e tem dado destaque a estratégias como gerenciamento por categorias e programas que visam aumento do consumo, como o Empório Seara. Outro aspecto importante da estratégia são as inovações alinhadas às tendências do consumidor. Entre as novidades estão as linhas Panelinhas, Air Fryer, Netflix e Round Chicken (collab com a série Round 6, uma das mais assistidas na plataforma de streaming). Em breve, chega ao mercado a Seara Protein, que traz 3 opções de refeições com 30 g de proteína por porção. O produto já vem pronto para consumir.

 

Janis Commerce

A solução da empresa concilia o estoque das lojas físicas e online, além de permitir gerenciamento de promoções nos diferentes canais, entre outros benefícios. De acordo com pesquisa da Janis, 80% dos consumidores não retornam às compras após uma experiência ruim. Para evitar situações como essa, o Carrefour adotou a ferramenta da empresa, o que contribuiu para o crescimento de 72% do seu e-commerce no 1º trimestre deste ano. As compras com entrega no mesmo dia avançaram 80% no período.

 

Mondelēz

Tornar-se líder “indiscutível” de snacks até 2030 é a ambição global da Mondelēz. Esses produtos já crescem 3 vezes acima de outras categorias de alimentos, sendo que somente os chocolates avançam 3 vezes. Além disso, o Brasil estará entre as 6 maiores economias do mundo até 2028, na visão de análises da companhia. Para ajudar o varejista com estratégias consistentes, a indústria tem buscado estudos sobre as tendências que estão moldando o consumo de snacks no País. Uma delas é a regionalização, já que o comportamento no País se altera conforme a localidade. Também se destacam as inovações, que deverão responder por 30% do crescimento da companhia. Por essa razão, a Mondelēz tem focado em lançamentos. As mais recentes novidades são o Oreo Selena Gomez e o Trident x Gamers.

Banco Senff

A empresa lançou um seguro saúde que oferece atendimento em 48 horas ao custo de R$ 50. Para efeito de comparação, há locais do País em que se demora 60 dias para marcar uma consulta. Ao comercializar esse plano, o varejista cria vínculo adicional com o consumidor, o que, em tempos de alta competitividade, é um diferencial importante. São 40 mil médicos à disposição, além da telemedicina. Já há casos de varejistas que incluíram o Senff Saúde como benefício aos colaboradores a fim de aumentar a retenção.

Savencia Brasil

A empresa é especialista em queijos e se propõe a diferenciar o portfólio para agregar valor. Em seu mix, há marcas como Polenghi e Frescatino, voltadas para o dia a dia, e Polenguinho, que foa o público infantil. A marca teve as embalagens renovadas e ganhou uma campanha para se aproximar mais das crianças. Já no segmento de queijos especiais, a Savencia tem um programa para ajudar o varejista a aumentar as vendas. Chamado de Queijismo, o projeto oferece treinamento para o time dos supermercados e realiza degustações e promoções nas lojas. Segundo a Savencia, trata-se de uma oportunidade para o varejo ampliar margem e agregar valor para os clientes.

Cepêra

A fabricante vem apresentando bons números no Estado. Na Grande RJ, só em catchup cresceu 58%, contra 9% da média nacional. Também é uma das três marcas de pimenta mais vendidas no varejo alimentar da região, crescendo 12%. Já o molho barbecue avançou 40%. Inovação é um dos principais alicerces dessa expansão. A ela somam-se três pilares: exposição, inovação e ativação. Uma pesquisa que está sendo feita pela Cepêra identificou que 35% dos shoppers não entendem a exposição da categoria de molhos. Para se ter uma ideia, 23,7% dos participantes dizem que é preciso organizar melhor a gôndola, enquanto 21,4% dizem que reduzir/simplificar a quantidade de itens ajudaria. Já 43,7% apontam que gostariam de um aumento na quantidade de ações nos pontos de venda.

 

Sunstar

A empresa de origem japonesa, com 90 anos de história, tem na marca GUM uma das maiores oportunidades para o varejo alimentar. Trata-se de uma linha de cuidados bucais, que representa 54% dos negócios da Sunstar no mundo. No Brasil, onde a categoria está concentrada em quatro marcas, os produtos chegam para ajudar o varejista a aumentar o tíquete médio e a rentabilidade. Para divulgar os produtos, são realizadas mais de 10 mil visitas virtuais a dentistas durante o ano. Esses profissionais, além de estudantes de odontologia, recebem cerca de 37 mil amostras anuais. Os produtos da marca GUM já estão presentes em varejistas do Rio de Janeiro, como Zona Sul e Supermarket.

 

LedWave

O varejo pode disputar uma verba de R$ 51,4 bilhões com as mídias tradicionais, segundo a LedWave. Nessa conta, estão, por exemplo, os investimentos em publicidade, que podem ser capturados pelos varejistas por meio do retail media. Para abocanhar parte dessa verba, as empresas do setor precisam estar atentas a alguns pontos, como garantir uma comunicação mais dinâmica para as marcas. Somam-se a isso agilidade nas campanhas e conectividade, entre outros aspectos. Nesse cenário, o uso estratégico de telas de LED surge como uma importante fonte de faturamento adicional. A LedWave implementou um projeto com o Grupo Mateus, no qual o investimento de R$ 18 mil em cada tela de LED gerou um retorno de R$ 80 mil para o varejista.

 

Ambev

A cervejaria atua em duas das três categorias que mais alavancaram o faturamento do varejo alimentar no ano passado. No Brasil, 78,6 milhões de pessoas consomem cerveja em casa. A bebida, consequentemente, está presente em 73% dos lares e é consumida duas vezes por semana. Entre os objetivos da Ambev está fazer com que os brasileiros bebam cerveja ao menos duas vezes semanalmente. Um dos pilares para isso é incentivar o consumo de cervejas sem álcool, o segmento que mais cresce. Movimento semelhante acontece com os refrigerantes zero, que começam a ser liberadas por escolas que buscam educar para uma alimentação mais saudável. Por conta disso, é grande a importância de aumentar o espaço dedicado a esses produtos nas gôndolas. Também está entre as prioridades da Ambev o nível de serviço aos clientes, que já aumentou 8,9% em 2025.

 

Midfy

Segundo a empresa, estamos em um novo momento para colaboração entre varejo e indústria, o que joga luzes sobre o trade marketing e o JBP (Joint Business Plan). A Midfy, aliás, possui uma solução capaz de tornar esse processo mais estratégico e de automatizar o controle de cada etapa definida. Afinal, em 90% das vezes, o JBP não cumpre seus objetivos. Isso acontece devido à falta de acompanhamento, à dificuldade de execução e ao fato de não haver compartilhamento de dados – todos desafios que estão contemplados na ferramenta da Midfy.

 

 

PALESTRAS

Shopping Brasil

Levantamento da empresa, que monitora ofertas em mais de 900 varejistas, identificou que no 1º semestre de 2025, o número de promoções no varejo brasileiro cresceu 93% comparado ao mesmo período de 2019. Em outro recorte da análise, a Shopping Brasil identificou que o cash & carry responde atualmente por 30% das promoções realizadas, o que representa uma alta de 17 pontos percentuais sobre 2021. O estudo também constatou que a mercearia permanece como a seção com o maior índice de ofertas, respondendo por 37% do total. No Rio de Janeiro, contudo, há algumas diferenças. Uma delas é o fato de que os supermercados são os campões em ações promocionais, deixando os atacarejos para trás. O formato realiza 67% das promoções, enquanto o cash & carry fica com 25%. Também predomina no mercado fluminense o uso de tabloides impressos para atrair os consumidores, num movimento diferente do que ocorre em outras partes do País.

 

Scanntech

O varejo alimentar do Rio de Janeiro registrou um aumento 5,2% em faturamento de janeiro a maio deste ano, puxada pela alta nos preços (7,4%). Em número de unidades vendidas, houve retração de 2,1%. Segmentando o Estado, a região fluminense teve a maior evolução no período: 6,1% em valor, com variação de 7,3% em preços e queda de 1,6% em quantidade de unidades. Na sequência, vem a região serrana: +6,1% em valor, +7,3% em preços e -1,1% em número de itens comercializados.

 

The Partnering Group

O varejo precisa ser protagonista no JBP (Joint Business Plan). O processo é cada vez mais essencial para o desenvolvimento dos negócios entre varejo e indústria. Além de alinhar estratégias de longo prazo, esse trabalho em conjunto contribui para ambos estarem sempre antenados às novas tendências e movimentos que impactam os produtos vendidos. Um exemplo é o crescente uso de medicamentos como Ozempic e Monjaro, que mudam quanto e o que os consumidores comem. Para se ter uma ideia, 20% da população já tomou algum desses medicamentos, o que, segundo pesquisas de mercado, já está reduzindo a presença de alimentos e bebidas nos lares onde há alguém que faz esse tipo de tratamento. Por isso, momentos de planejamento como o JBP podem ser fundamentais para aumentar o sell out de produtos que façam mais sentido para as pessoas. Em cases de desenvolvimento de planos comerciais acompanhados pela empresa foram registrados crescimentos de 5,7% até 25%. Nos casos em que as parcerias envolviam e-commerce, houve crescimento de até 220%.