Indústria de lácteos tem desafio de aumentar as vendas de iogurtes este ano

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Reportagem SA+ -

Consumo se manteve em 2021, mas alta dos preços não foi repassada

Foto: Rafael Souza

Ao contrário do que costuma acontecer em períodos de inflação alta e aumento de desemprego, o consumo de iogurtes conquistou o consumidor e se manteve em 2021. Mas, a indústria terá um grande desafio este ano que é manter a fidelidade do consumidor e aumentar as vendas em um momento em que precisa repassar os custos represados do último ano.

Os preços do leite cru - principal matéria-prima para esses fabricantes - e as despesas com energia, combustível e embalagens, entre outras, têm pesado nas planilhas de custos. “O ano passado será lembrado pelas altas no campo, pela baixa rentabilidade para o produtor e, também, pela dificuldade dos laticínios em repassar aos derivados o aumento do preço do leite cru ”, afirma Natália Grigol, pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em boletim recente.

Para a diretora da divisão Worldpanel da Kantar, Carolina Silvestre, o iogurte deve continuar sendo um dos itens perecíveis mais presentes na lista  de supermercados dos brasileiros. “O iogurte está entre os produtos que o brasileiro demora mais para abandonar por considerá-los importantes”, explica.

De acordo com a Kantar, de outubro de 2020 e setembro de 2021 a comercialização de iogurtes no país totalizou 592 mil toneladas, volume 1,3% maior que o dos 12 meses anteriores. O avanço, pequeno, é sintoma do cenário macroeconômico desfavorável, mas, em receita, o segmento movimentou R$ 6,6 bilhões, ou 13% a mais na mesma comparação. Esse aumento de receita reflete a alta de preços, diz a diretora da Kantar. Apenas no terceiro trimestre do ano passado, o preço médio das unidades comercializadas aumentou 11,6%.

No verão de 2021, segundo a empresa, o iogurte esteve presente na lista de 72,8% das famílias do país. Neste verão, estação em que o consumo do produto costuma crescer, a demanda deverá seguir firme, diz Carolina Silvestre. Quem consome e tem condições de manter o produto na lista de compras, explica, reduz o volume de compra ou troca de marca antes de abrir mão do produto.

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Fonte: Valor Econômico

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