Empresas de marmitas caseiras concorrem com supermercados

Quantidade de pequenos negócios de refeições embaladas cresce 134% em 5 anos. Público se divide em 2 grupos

Novos hábitos de alimentação da população, somados à necessidade de economizar, impulsionam o mercado de marmitas. Dados do Ministério da Economia apontam que a quantidade de empresas especializadas em alimentação para consumo domiciliar – correspondente a diversos tipos de refeições embaladas – saltaram de 102,1 mil em 2014 para 239,8 mil no ano passado.

Cada vez mais, esses pequenos negócios no ramo de alimentação concorrem diretamente com supermercados e restaurantes. De acordo com o Sebrae , 94% desses fornecedores se enquadram na categoria de Microempreendedor Individual (MEI). Na análise da entidade, os números confirmam a importância dessa atividade como uma das alternativas mais buscadas no momento de desemprego, porém também indicam um movimento natural do mercado que busca desenvolver novos modelos de negócio capazes de responder à demanda de um consumidor mais exigente e seletivo, que não está necessariamente disposto a pagar muito mais por produtos de qualidade.  

Dois grupos de consumidores

De acordo com o Sebrae, esse público se divide em dois grupos principais. O primeiro busca marmitas frescas e prontas, normalmente para consumir no intervalo do expediente, em geral no próprio local de trabalho. Nesse caso, a preferência é por um cardápio mais caseiro e convencional.

Já o segundo grupo procura refeições congeladas e nutricionalmente balanceadas, que atendam a necessidades específicas da dieta, como busca de benefícios ligados à saúde, bem-estar ou estética, além de opções mais específicas, como alimentação vegetariana, vegana ou indicada para restrições como alergias e intolerâncias. No atendimento a esse público, as marmitas muitas vezes são comercializadas em kits semanais ou mensais, que facilitam a continuidade de uma alimentação saudável ao longo do tempo desejado pelo consumidor.

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