13/03/2025
Consumidor está disposto a pagar até 23% a mais por alimentos sustentáveis
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 04/03/2024
Foto: Adobe Stock
Preocupados com o meio ambiente e pautas de sustentabilidade, os consumidores estão adotando cada vez mais hábitos saudáveis no seu dia a dia e o desembolso que estão dispostos a ter com produtos que estejam alinhados a esses valores, como alimentos frescos ou embalados, pode ser até 23% maior do que com os itens padrões.
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Contudo, o preço cobrado pelas empresas é maior do que o consumidor está disposto a pagar. No caso do peito de frango, por exemplo, o valor do produto sustentável (orgânico e/ou certified humane) é 83% maior do que o comum, já em relação ao substituto vegano esse valor cresce ainda mais, com aumento de 395% em relação a versão original. O mesmo se repete com os ovos, que apresentam acréscimo de 29% na versão sustentável e de 35% na opção à base de plantas.
Os dados contemplam a pesquisa Consumer Pulse 2024 desenvolvida pelo Bain & Company que avaliou como os consumidores brasileiros estão pensando e agindo. O levantamento demonstra que os brasileiros estão cada vez mais em busca de consumir itens naturais, orgânicos, ricos em proteína e produzidos localmente, com reduções expressivas em itens com alto teor de açúcar (-63%), gordura e sal (-60% cada), caloria (-54%) e glúten (-50%).
Esse movimento foi incentivado pela nova lei de rotulagem que prevê a implementação de uma lupa na embalagem que indique se o item é alto em algum componente que pode ser prejudicial para saúde como sódio, gordura saturada ou açúcar.
Segundo a pesquisa, 24% das pessoas afirmam que já desistiram de uma compra ao se deparar com o aviso e 22% compraram o alimento, porém planeja reduzir seu consumo futuramente. Em contrapartida, 34% reconsideraram o consumo, mas mesmo assim adquiriu o item e 20% continua comprando os itens normalmente.
Dentre as gerações e nível socioeconômico, os boomers e a população de baixa renda foram as que mais desistiram das compras ao ver a nova rotulagem, e a geração Z, millenials e população de alta renda foram as que mais continuaram as compras normalmente.
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