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21/02/2025
Bombril investe no reposicionamento de marcas
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 27/03/2023
Foto: Divulgação
A Bombril levantou R$ 300 milhões numa linha de crédito que vai permitir alongar o endividamento e reduzir drasticamente o custo da dívida. A captação foi feita junto à um fundo da BS Factoring, uma gestora especializada em direitos creditórios com sede em Itu. A companhia vai usar os recursos para quitar dívidas clean tomadas há pouco mais de um ano e que têm um custo proibitivo.
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De acordo com Ronnie Borges, CEO da Bombril, vai ser possível reduzir em 30% o custo da dívida. “Com o custo menor vamos poder usar os recursos que gastávamos nos juros para investir na operação,” explica. A empresa vai receber R$ 100 milhões esta semana e o restante será desembolsado conforme o vencimento das dívidas atuais. A amortização será em 48 parcelas mensais por meio de cessão de direitos creditórios de recebíveis de clientes da Bombril, como supermercadistas, atacadistas e distribuidores.
A Bombril tem uma dívida bruta de R$ 401 milhões, com um custo médio de 24% ao ano. Cerca de 77% desta dívida vence nos próximos 12 meses – o que sublinha a relevância da nova linha de crédito. Com a nova captação, as dívidas de longo prazo já passam a ser mais de 50% do total, disse o CEO.
O endividamento da Bombril não está alto para o tamanho da empresa: a alavancagem gira em torno de 2x o Ebitda dos últimos doze meses. De acordo com Ronnie, o maior problema da companhia era mesmo o custo das dívidas e os vencimentos, que foram resolvidos agora.
A Bombril passou por momentos conturbados nos últimos anos. Em 2021, a companhia teve dificuldades para repassar preços com a disparada da inflação, o que afetou a rentabilidade e a liquidez da companhia. “A operação não estava mais se pagando e começamos a tomar linhas de crédito para conseguir parar de pé,” revela Ronnie.
Em 2020, a dívida bruta da companhia era de R$ 270 milhões. Em 2021, cresceu para R$ 392 milhões. Apesar de um 2022 que começou difícil, a Bombril fechou o ano passado com receita bruta de R$ 2,1 bilhões, uma alta de 26%, e um Ebitda de R$ 190 milhões, o maior da história da empresa, fundada em 1948.
No ano passado, a empresa registrou lucro líquido de R$ 23 milhões, ante o prejuízo de R$ 63 milhões em 2021.
A melhora operacional teve a ver com algumas medidas tomadas pela companhia. “Ajustamos nosso posicionamento de preço em várias categorias. Algumas vimos que estavam muito baratas e por isso as pessoas tinham percepção de que era um produto de má qualidade. Quando subimos um pouco o preço, as vendas melhoraram. Outras, que tinham margens maiores, mas vendiam pouco, baixamos um pouco o preço para venderem mais, e a margem maior começou a contribuir para todo o resultado”, explica.
Já na parte de custos e despesas, o CEO negociou com os principais fornecedores para conseguir condições melhores na compra das matérias-primas, além de reduzir a estrutura da companhia, diminuindo o número de diretorias e tornando as decisões mais ágeis.
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