26/03/2025
Varejo alimentar registra aumento de 3,3% no faturamento em fevereiro
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 12/03/2025

Foto: Adobe Stock
O faturamento do varejo alimentar cresceu 3,3% em fevereiro, em comparação com o mesmo período de 2024. Esse avanço foi impulsionado pelo aumento de 0,2% no fluxo de loja e de 5,9% no preço dos itens, que compensou, em parte, a queda de 3,9% no volume de vendas. A retração no volume também foi influenciada pelo efeito calendário, já que fevereiro deste ano teve um dia a menos do que em 2024.
Os dados pertencem ao Radar Scanntech, realizado em parceria com a McKinsey & Company e também trazem dados específicos de cada formato de negócio. Os supermercados com mais de 10 checkouts, por exemplo, apresentaram a maior alta no faturamento (3,7%) e o segundo menor avanço nos preços (5,9%).
Já os atacarejos apresentaram os menores avanços, tanto em faturamento quanto nos preços, com 2,6% e 4,4%, respectivamente. Por outro lado, os supermercados com 1 a 4 checkouts, e os com 5 a 9 checkouts apresentaram um crescimento de 2,8% no faturamento, impulsionados pelos maiores avanços nos preços, de 6,6% e 6,3%. Esses formatos também tiveram as maiores quedas em vendas por unidades (3,8% e 3,5%, respectivamente), diferente dos atacarejos que apresentaram uma queda de 1,8% nesse índice.
As cestas que apresentaram o maior aumento nos preços foram a do tabaco (20,6%), mercearia básica (11,1%), perecíveis (6,6%), mercearia e Pet (ambos com 5,5%). Todas essas, com exceção de Pet, contribuíram positivamente também para o avanço no faturamento do setor.
Em relação às vendas em valor de cada item, o café segue se destacando com um aumento de 61,3%, devido à alta nos preços. Logo em seguida temos os ovos (21,1%), hidratante corporal (19,8%); água (18,8%), o kit capilar (18,7%), o frango in natura (17,3%) e óleo (16,6%).
Enquanto isso, as maiores quedas nas vendas em valor foram dos ovos de Páscoa (-69,6%), repelentes (-29,7%), feijão (-27%), peixe (-20,7%), álcool de limpeza (-19,4%) e arroz (-15,7%).
Por região, o maior avanço no faturamento foi do grupo composto por Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, com 4,1%. Já o menor foi do Nordeste com crescimento de 2,1%.
O maior aumento dos preços foi registrado no Norte, com uma elevação de 7,9%, o que também levou a maior queda por unidades (-5%). Em movimento contrário, São Paulo registrou o menor aumento nos preços (5,6%) e uma das menores quedas em unidades (-1,9%), atrás apenas do grupo RJ, MG e ES, que tiveram uma redução de 0,1 p.p. menor.
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