15/08/2025
Sustentabilidade ganha peso apenas quando preço e qualidade são iguais, aponta estudo
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 15/08/2025

Foto: Adobe Stock
O preço continua sendo o principal fator de escolha para consumidores brasileiros, mesmo diante de uma maior conscientização sobre sustentabilidade.
Pesquisa do PiniOn, realizada em maio de 2025 com 1.241 entrevistados em todo o país, mostra que 40,9% priorizam o valor do produto na hora da compra, enquanto 35,9% consideram a qualidade e 13,2% optam por marcas sustentáveis.
A sustentabilidade é mais relevante quando preço e qualidade são iguais: nessa situação, 36,3% afirmaram que escolheriam o produto mais sustentável.
A CEO do PiniOn, Talita Castro, afirmou que “os dados reforçam que, embora a sustentabilidade já esteja presente no vocabulário do consumidor, ainda existe um longo caminho até que ela se torne uma ação prática no momento da compra. O brasileiro está mais atento, mas ainda precisa equilibrar isso com o preço e a praticidade do dia a dia.”
O levantamento apontou diferenças por classe social e região. A classe A foi a que menos priorizou marcas sustentáveis (8%), enquanto B, D e E registraram índices maiores. O Sul apresentou a maior proporção de consumidores com essa preferência (19%) e o Norte, a menor (9%). Entre os jovens de 18 a 24 anos, o índice é o mais alto; na faixa de 35 a 44 anos, o mais baixo.
Quando pesquisam sobre marcas, apenas 11,1% buscam informações sobre ativismo sustentável, enquanto 69,1% analisam a qualidade, 37,1% observam comentários online e 29,5% verificam a durabilidade do produto.
Apesar de ser a faixa etária que menos considera sustentabilidade na compra, consumidores entre 35 e 44 anos são os que mais pesquisam sobre o tema (14%).
Talita destacou que “mais do que apontar contradições, a pesquisa propõe uma reflexão sobre como marcas e consumidores podem caminhar juntos na construção de escolhas mais conscientes, sem ignorar as limitações reais que ainda pesam na hora da decisão. O brasileiro está disposto a consumir melhor, mas, na prática, precisa escolher o que cabe no bolso”.
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