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Em 2024, Santa Catarina registrou uma arrecadação de R$ 4,4 bilhões em ICMS proveniente do setor supermercadista. O montante foi o 2º maior entre os segmentos econômicos do estado, ficando atrás apenas de combustíveis e lubrificantes, que somaram R$ 7,5 bilhões no mesmo período. Os dados são da ACATS (Associação Catarinense de Supermercados).

Com cerca de 16.000 estabelecimentos e geração de empregos diretos para aproximadamente 200.000 famílias, o setor supermercadista é apontado como um dos principais motores da economia catarinense.

No último ano, o faturamento dos supermercados catarinenses alcançou R$ 40,5 bilhões, representando um crescimento de 15,7% em relação ao ano anterior. A tendência, segundo projeções do setor, é de que o desempenho em 2025 continue acima da média nacional, mesmo diante de um cenário econômico incerto.

Empresas catarinenses entre as maiores do Brasil

Seis redes catarinenses integram o ranking das 50 maiores do Brasil, confira:

Embora tenha atuação nacional, o Grupo Pereira, fundado em Itajaí, aparece na 7ª colocação geral, com faturamento de R$ 15,3 bilhões. No estado, opera por meio das bandeiras Comper e Fort Atacadista.

O Grupo Koch, com sede em Itapema, figura em 10º lugar, com faturamento de R$ 10,3 bilhões.

O Giassi, de Içara, aparece na 27ª colocação, com R$ 4 bilhões, seguido pelo Grupo Angeloni, de Criciúma, que registrou R$ 3,8 bilhões.

O Grupo Mundialmix (bandeira Imperatriz), de Palhoça, ocupa a 36ª posição, com R$ 2,7 bilhões. Já o Grupo Passarela, de Concórdia, ficou em 39º lugar, com R$ 2,6 bilhões.

Perfil do consumidor influencia desempenho

Uma pesquisa realizada em 2024 pelo Instituto Locomotiva, a pedido da ACATS, apontou que o consumidor catarinense tem características que influenciam diretamente no desempenho do setor.

A renda familiar média no estado é de R$ 4.971, valor 26% acima da média nacional, que é de R$ 3.255. Santa Catarina também possui a menor proporção de pessoas nas classes D e E e está em 2ª lugar na concentração de consumidores das classes A e B, atrás apenas do Distrito Federal.

O consumo mensal médio por domicílio no estado é estimado em R$ 10,5 mil, sendo que cerca de 14% (R$ 1.477) é destinado a compras em supermercados e hipermercados.

Esses canais são preferidos para reposição e compras por oportunidade, enquanto os atacarejos concentram o abastecimento doméstico. A pesquisa também identificou uma preferência relevante por marcas regionais: aproximadamente metade dos consumidores dá prioridade a produtos locais.

Fonte: Exame