30/10/2025
Ruptura cai para 11,9% e abastecimento melhora em supermercados
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 29/10/2025

Foto: Adobe Stock
O Índice de Ruptura da Neogrid, que mede a falta de produtos nas gôndolas dos supermercados brasileiros, ficou em 11,9% em setembro, queda de 1,2 p.p. em relação a agosto. O resultado indica melhora no abastecimento, com recomposição de estoques em itens básicos da cesta de consumo.
As maiores reduções foram observadas em ovos (−2,6 p.p.), feijão (−2,0 p.p.), arroz (−1,8 p.p.), café (−1,7 p.p.) e azeite (−1,0 p.p.). A cerveja foi a única categoria a registrar aumento, de 0,7 p.p., acompanhada por elevação de preços em todas as versões analisadas.
“O índice em setembro reflete um ajuste positivo no abastecimento após meses de instabilidade, embora o cenário econômico ainda apresente pressão de custos e inflação, o que impacta preços e margens no varejo”, afirma Robson Munhoz, Chief Relationship Strategist da Neogrid.
Munhoz observou também que o comportamento do consumidor segue pautado pela busca por economia. “Apesar da queda na ruptura e de uma leve recuperação nas vendas, com o orçamento das famílias mais apertado, temos observado consumidores buscando mais pontos de venda e substituindo marcas por produtos mais baratos que entregam o mesmo resultado”, conta.
De acordo com levantamento da Neogrid e da Opinion Box, 82% dos consumidores declararam ter trocado produtos por versões mais baratas, motivados principalmente pela necessidade de economizar e pela resistência em pagar valores acima do habitual.
Entre as categorias com redução na ruptura, o arroz caiu de 8,9% para 7,1%, o feijão de 8,4% para 6,4% e o café de 9,6% para 7,9%. Já a cerveja, em sentido oposto, subiu de 12,1% para 12,8%, com alta de preços em todas as variações (artesanal, escura, clara e sem álcool).
O aumento de ruptura na cerveja está ligado à queda de 11% na produção de bebidas alcoólicas em agosto, segundo o IBGE, e à estratégia das cervejarias de recompor estoques para o fim do ano. A Abrasel informou ainda que parte dos consumidores vem migrando de destilados para a cerveja em razão da crise do metanol, que reduziu a confiança em drinques e bebidas destiladas.
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