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Nelson Tanure, novo controlador da rede Dia, está analisando a possibilidade de um acordo estratégico com o Grupo Pão de Açúcar (GPA), de acordo com fontes ligadas ao mercado e veículos da grande imprensa. A ideia surge em meio ao processo de recuperação judicial do Dia, que está previsto para ser concluído até 2025.

O projeto de Tanure busca transformar o Dia em um player mais competitivo no varejo alimentar brasileiro. Segundo fontes, um modelo operacional está sendo considerado, no qual os 300 pontos de alto valor imobiliário do Dia poderiam operar sob a marca Pão de Açúcar, enquanto a bandeira atual seria descontinuada.

A estratégia inicial do investidor inclui estabilizar a rede Dia financeiramente, renegociando dívidas e garantindo a retomada no fornecimento de mercadorias. “A intenção é criar uma plataforma robusta de varejo alimentar”, revelou uma fonte próxima ao projeto.

Embora nenhuma negociação oficial entre Tanure e o GPA esteja em andamento, a possibilidade de uma fusão atrai atenção, dado o perfil descontado das ações do GPA e os movimentos recentes do investidor. Parte da estratégia pode envolver a aquisição de ações do GPA no mercado, considerando que 66% do capital está pulverizado.

O setor observa com ceticismo, especialmente após tentativas anteriores de negociações envolvendo o GPA, como com o fundo Pátria e a rede chilena Cencosud, que não avançaram. No entanto, a saída dos franceses do Casino do controle do GPA e a recente reorganização financeira da empresa abriram espaço para novos horizontes.

A entrega de Tanure pode representar uma transformação significativa no varejo alimentar brasileiro, mas dependerá de uma recuperação sólida do Dia para que os planos avancem efetivamente.

Fontes: Valor Econômico e Infomoney