28/07/2025
Mudança no perfil de jovens e informalidade desafiam contratações no varejo alimentar
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 28/07/2025

Foto: Adobe Stock
O varejo alimentar brasileiro contabiliza hoje cerca de 350.000 postos de trabalho em aberto, mas enfrenta obstáculos para preencher essas vagas. Tradicionalmente visto como uma porta de entrada para jovens no mercado de trabalho, o segmento tem perdido atratividade diante de atividades mais flexíveis e informais.
Com o aumento da busca por flexibilidade e a redução de programas de qualificação, tornou-se necessário diversificar estratégias, incluindo a realização de feirões de empregabilidade. Uma estratégia é transmitir com mais clareza os benefícios oferecidos, como alimentação no local, assistência odontológica, kit maternidade, seguro de vida, apoio jurídico e psicológico, além de práticas como o dia de folga no aniversário.
Na avaliação do economista e professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Cícero Pimenteira, muitos jovens não se identificam com rotinas fixas e preferem atividades que oferecem maior autonomia, como serviços de entrega.
Segundo ele, o setor pode atrair diferentes perfis, inclusive os que assumem responsabilidades familiares cedo, mas isso depende de investimentos em qualificação e gestão de pessoas.
Além das parcerias com o Exército e com o governo federal, o setor supermercadista também tem recorrido à tecnologia para enfrentar as dificuldades de contratação. A startup Helppi, criada em 2020, é uma das plataformas utilizadas para facilitar a conexão entre empresas e trabalhadores autônomos em áreas como varejo e bens de consumo.
A plataforma permite que empresas definam o perfil desejado para a vaga, e o sistema cruza essas informações com dados de profissionais cadastrados, considerando critérios como localização, avaliações anteriores e treinamentos realizados.
Os candidatos, por sua vez, têm acesso a capacitação online e podem aceitar ou recusar as vagas conforme sua disponibilidade.
Fonte: Extra
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