11/09/2025
IA redefine jornada de compra online e acelera estratégias do varejo alimentar
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 11/09/2025

Foto: Adobe Stock
A jornada de compra online deixou de seguir uma lógica previsível. Hoje, 1,8 bilhão de pessoas já utilizaram ferramentas de inteligência artificial e 600 milhões interagem com elas todos os dias, transformando por completo a forma como marcas e consumidores se relacionam. Ao mesmo tempo, 86% dos clientes valorizam interações rápidas e 73% preferem resolver tudo por canais digitais, o que reforça a urgência de criar experiências fluidas e consistentes em qualquer plataforma.
Em questão de minutos, consumidores transitam entre redes sociais, mecanismos de busca, marketplaces, aplicativos e lojas físicas, cruzando plataformas de forma não linear. O funil tradicional deixa de ser referência e dá lugar a uma era de caos dinâmico, em que a personalização não é mais diferencial, mas ponto de partida. “Não dá para esperar que o cliente caminhe por um trilho. A conexão precisa acontecer onde ele estiver, quando fizer sentido para ele”, afirma Gabriel Carlini Vieira, especialista em marketing digital e CEO da Agência FG.
Nesse cenário, a inteligência artificial avança além da automação e passa a operar como cérebro estratégico das marcas. Modelos generativos já estão integrados a CRMs, plataformas de mídia e sistemas de recomendação, permitindo ações hiperpersonalizadas em tempo real. Ferramentas como assistentes virtuais de vendas, search generativo e agentes autônomos de mídia começam a ser aplicadas em larga escala, ajustando campanhas, conteúdos e ofertas sem intervenção humana.
Para o varejo, os impactos são imediatos. A combinação entre eficiência operacional e experiência digital personalizada melhora a conversão e fortalece o vínculo entre consumidor e marca. Desde a recomendação inteligente de produtos até a análise de comportamento de compra, a IA permite reduzir atritos, aumentar a recorrência e responder rapidamente às mudanças de hábito do consumidor.
Ainda assim, a tecnologia sozinha não resolve. É preciso investir em dados, UX funcional e times preparados para operar no ritmo da cultura e da tecnologia. O crescimento não está em prever todos os passos do cliente, mas em estar presente com relevância no momento em que ele decide agir.
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