Estudo analisa aquisições, novos desafios das redes de varejo e cenário na retenção de colaboradores
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 27/09/2024
Foto: Adobe Stock
Em 2023, o setor de consumo e varejo apresentou um aumento de 4,1%, e respondeu por mais de 20% do PIB, de acordo com a SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo). Apesar disso, segundo o IBGE foram registrados 379 pedidos de recuperação judicial, algo que impulsionou operações envolvendo aquisições.
Para se ter uma ideia, um relatório da KPMG indica que somente no setor de alimentos, bebidas e fumo (onde o varejo alimentar se destaca), foram 47 fusões e aquisições – 10 a mais do que em 2022.
O cenário que impulsiona essa onda vem da recessão econômica de 2015 e 2016, e depois da pandemia em 2020 e 2021.
Esse compilado de dados foi levantado pelo Panorama Setorial Consumo e Varejo desenvolvido pelo Robert Half, empresa de soluções de gestão de talentos. O panorama se baseia em fontes públicas, como as mencionadas acima, e pesquisas realizadas pela própria empresa.
Ainda em relação aos processos de fusões e aquisições, o estudo reforça que muitos varejistas regionais passaram a ser controlados por companhias de grande porte. Isso impactou fortemente os modelos de gestão, que hoje contam com sistemas de CRM, ERP e outras ferramentas avançadas. Houve ainda uma expansão orgânica dos maiores players, o que inclui abertura de novas unidades, investimentos em e-commerce e criação de franquias, entre outras estratégias.
Há também o movimento constante de transformação digital. Uma pesquisa da SBVC de abril deste ano demonstra que 48% dos varejistas pretendem aumentar o investimento na transformação digital. Esse estudo ainda indica que, entre as áreas que as empresas de varejo mais investiram em 2024, estão o e-commerce e o CRM, ambos com 69%. Logo em seguida aparecem o omnichannel (65%), dados (62%) e marketing (58%).
Dados do Robert Half também indicam que cada vez mais o varejo está multicanal, porém essa abordagem aumenta a demanda por expertises profissionais que ainda não tão comuns no setor como especialistas em TI, customer success, user experience, business intelligence (BI) e inteligência artificial.
Desafios da atração e retenção de pessoas
O levantamento também aborda uma visão geral dos principais desafios da atração e retenção de pessoas, sendo que um dos principais fatores é a quebra da tradição do trabalho 100% presencial.
Com a pandemia e aumento na procura profissionais para os cargos onde a presença física não é tão essencial como programação, análise de BI, marketing, entre outros, as empresas tiveram de se adaptar aos modelos híbridos ou de home office.
Outro fator mencionado é a taxa de turnover. Em 2023, por exemplo, ela ficou em 36%, de acordo com a SBVC. Segundo a empresa de soluções e gestão de talentos, isso ocorre porque o varejo é frequentemente uma porta de entrada para profissionais recém-chegados ao mercado de trabalho, que acabam depois migrando para outros setores onde encontram maior remuneração ou benefícios que consideram mais favoráveis.
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