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O atacarejo se expandiu no Brasil, não só em número de lojas, mas em relação à localização. Se no início o formato estava concentrado em rodovias e locais afastados, agora ele está cada vez mais presente nos bairros e centros urbanos. Aliado a isso, as crises financeiras também incentivaram as famílias a buscarem alternativas com melhor custo-benefício.

Estudos da Nielsen ilustram um pouco dessa expansão: Em 2023 o formato atingiu sua maior penetração nos lares brasileiros, e o número de lojas subiu 18 vezes entre 2017 e 2022. 

Esses dados foram compartilhados na segunda edição do Trade Connection, maior evento de trade marketing do Brasil, durante a palestra “Estratégia Trade no formato Atacarejo”, que contou com insights valiosos de Caio Lira, diretor executivo do Dom Atacadista.

Foto: Arquivo SA+ Ecossistema de Varejo

Segundo o executivo, o crescimento acelerado também incentivou a criação de estratégias de marketing direcionadas para o canal. No caso de sua empresa, por exemplo, a ferramenta de CRM auxilia na identificação de 60% a 65% da base de clientes, algo essencial para o desenvolvimento de ações de trade.

“Hoje conseguimos combinar uma ação para a massa com esse recurso para que ela alcance também o público de forma segmentada”, conta Caio Lira

O executivo ainda ressalta que é importante ter o básico bem-feito. Isso envolve tanto uma boa campanha no digital como dentro da loja física para que o cliente seja impactado em todos os locais de forma 360.

“Espero que cada vez mais a indústria olhe para o canal do cash & carry de forma diferente. Não é mais um canal transacional, é um canal para construção da marca e para amplificar a penetração das indústrias entre as famílias – que estão cada vez mais frequentando o formato”, finaliza o executivo.