09/08/2025
1º semestre registra alta de 6,8% no faturamento e queda no volume de vendas no varejo alimentar
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 06/08/2025

Foto: Adobe Stock
O varejo alimentar brasileiro encerrou o primeiro semestre do ano com aumento de 6,8% no faturamento em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a pesquisa Radar Scanntech. O crescimento foi impulsionado, principalmente, pelo aumento de 7,5% no preço por unidade.
Apesar do desempenho positivo na receita, o volume de vendas caiu 0,7% no período. O fluxo de consumidores nas lojas apresentou alta de 0,7%.
No acumulado de janeiro a julho, os perecíveis registraram crescimento de 10,2% no faturamento, alta de 3,7% no volume e aumento de 6,2% no preço. A cesta de mercearia apresentou faturamento 5,3% maior, mas queda de 2,1% no volume e alta de 7,5% no preço.
Já as bebidas tiveram aumento de 3,1% na receita, retração de 1,9% no volume e alta de 5,1% no preço.
Julho mostra estabilidade no volume e aceleração do faturamento
Em julho, o faturamento do varejo alimentar cresceu 6,9% frente ao mesmo mês do ano anterior, puxado pelo aumento de 7,2% no preço por unidade. O volume de vendas ficou praticamente estável, com queda de 0,3%, e o fluxo nas lojas subiu 1,3%.
No curto prazo, julho apresentou alta de 5,7% nas vendas em unidades em relação a junho. As cestas de perecíveis (-2%), mercearia básica (-1,7%) e mercearia (-0,4%) foram as que mais contribuíram para o resultado positivo no curto prazo, impulsionadas por categorias como óleos, massas, legumes e proteínas animais.
Na comparação anual, os perecíveis tiveram aumento de 9,6% no faturamento, crescimento de 3,3% no volume e alta de 6,1% no preço. A mercearia avançou 5,5% na receita, mas caiu 1,4% em unidades e subiu 6,9% no preço. As bebidas cresceram 2,2% no faturamento, registraram retração de 4,2% no volume e aumento de 6,7% no preço.
Um destaque do mês foi a categoria de morangos, impulsionada pela viralização do “morango do amor” a partir de 23 de junho. As vendas atingiram pico na semana de 21 de julho, resultando em ruptura de estoque, queda no volume e aumento de 26% no preço. Na comparação com junho, o valor de vendas subiu 62% e o volume avançou 86%.
Regionalmente, o Sul apresentou crescimento no consumo, enquanto São Paulo e Nordeste tiveram retração moderada. As regiões Norte, Centro-Oeste e Leste mantiveram dificuldades para retomar os níveis de consumo observados em 2024.
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