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13/01/2025
19% das pessoas que apostam online deixam de fazer compras no varejo alimentar
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 19/06/2024
Foto: Divulgação
Cerca de 64% das pessoas que apostam esportivamente usam sua renda principal, algo que impacta significativamente o consumo de itens essenciais. Para se ter uma ideia, 19% dessa população deixa de realizar compras no varejo alimentar e 14% deixam de adquirir produtos de higiene e beleza para apostar.
Os dados foram levantados pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) em conjunto com a AGP Pesquisas e demonstram como esse é um dos mercados que mais cresce.
O Brasil é o terceiro país no mundo em consumo de apostas com 42,5 milhões de pessoas desembolsando algum valor para isso.
A maior parte dos entrevistados na pesquisa (63%) contam que já tiveram parte da sua renda comprometida com as apostas online, sendo que na região do Centro Oeste, esse percentual é ainda mais expressivo (84%).
Além disso, as pessoas da classe C, D e E relatam sofrer o maior impacto no consumo devido às apostas. Em relação à faixa etária, a maior parte dos apostadores têm entre 18 a 24, e a tendência é que o percentual diminua com o aumento da idade.
Conforme informamos anteriormente, é estimado que esse mercado movimente até R$ 150 bilhões por ano, um total que ultrapassa o faturamento alcançado em 2023 pelo Carrefour – maior varejo alimentar no Brasil.
E esse não é um cenário que deve mudar tão cedo. Quase metade dos apostadores afirmaram ter aumentado a quantidade de apostas neste ano, e apenas 35% diz ter diminuído.
Durante o 12º Fórum Nacional de Integração Varejo e Indústria, alguns varejistas expressaram sua preocupação com o “desvio” dessa parcela da renda do consumidor, que potencialmente seria destinada às lojas do varejo alimentar, para as apostas. Segundo eles, é necessária uma melhor regulamentação do governo.
A regulação atual prevê que todas as empresas e apostadores, praticantes da atividade, terão que recolher os tributos devidos no Brasil. A legislação ainda determina que os recursos arrecadados serão voltados a áreas como educação, saúde e segurança pública.