Varejista chinesa oferece software de gestão a pequenas lojas em troca de dados

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Redação SA Varejo - redacao@savarejo.com.br -

Grupo Alibaba oferece solução de graça para lojas independentes, ajudando-as a crescer. A contrapartida é que acaba acumulando dados dessas empresas


Exemplo asiático: Alibaba impulsiona lojinhas familiares e é impulsionado por elas

Depois de se tornar um gigante no comércio digital, o grupo Alibaba resolveu se tornar um gigante no comércio físico. Além de criar a bandeira Hema, está usando uma plataforma de gestão do varejoLing Shou Tong – para ajudar os proprietários de lojinhas independentes da China a comprar mercadorias e impulsionar vendas. Mais ou menos como o conceito da Rede Smart , comandada pelo Grupo Martins . Essas lojas de vizinhança ganham gratuitamente o aplicativo mobile e, com ele, recomendações de mercadorias e viabilização de pedidos online, além de orientação no layout, exposição, iluminação, operação. Em troca, os microempresários entregam o ouro: dados sobre as compras e os hábitos de seus consumidores. A gigante chinesa usa suas empresas de tecnologia de nuvem e logística, para conduzir o programa, e conta com um poderoso marketplace, que reúne inúmeras marcas. Já são 600 mil lojas associadas.

Como é na China 

  • 85% das vendas do varejo acontecem na loja física 
  • Presença de incontáveis lojinhas pop-up: temporárias – abrem por curtos períodos ou são itinerantes 
  • 6 milhões de lojinhas todo o país 

Qual objetivo do programa 

  • Alavancar vendas em todo o país 
  • Facilitar a digitalização do pequeno comércio para aumentar o alcance da Alibaba online e de seu marketplace 
  • Criar um Big Data ainda mais robusto a fim de mapear o comportamento do consumidor do maior mercado do mundo: 1,4 bilhão de pessoas 
  • Organizar uma rede poderosa que permitirá, por meio da inteligência artificial, fazer previsões de consumo e comportamento e vender insights 
  • Fortalecer a marca Tmall usada no programa que coloca fornecedores em contato com os comerciantes, mesmo em áreas remotas

 


600 mil lojas já aderirma à plataforma Para convencêlas, e conquistar novas adesões, a gigante chinesa mantém um exército de 2 mil pessoas percorrendo todo o País. Esses vendedores oferecem tecnologia para melhorar compras e operação, em troca de dados e pedidos

 

O que o programa exige

  • Reforma da loja 
  • Compra mensal com Alibaba (existe um valor mínimo) 
  • Uso de material de comunicação, como aventais vermelhos, com o logo do programa

O que as lojinhas ganham

  • Digitalização e gestão de estoque. Os empresários sabem o que precisam pedir, quando e em qual volume 
  • Recomendação de sortimento, conforme vendas e tendências 
  • Melhoria do layout, da exposição dos produtos e da iluminação

Insights para a Indústria

A House 99 , marca premium de higiene masculina lançada pelo ex-jogador de futebol David Beckham, firmou parceria com a L’Oréal, para aproveitar os insights dos milhões de usuários da Alibaba. As marcas estão no marketplace do grupo. A ideia é desenvolver produtos e marcas específicas para o enorme mercado chinês. Segundo o Tmall Innovation Center, os produtos de beleza masculina cresceram 59% e 54%, em 2017 e 2018.

Cabe a pergunta: se o Brasil caminhar um dia para o modelo Alibaba de desenvolvimento dos pequenos, valerá a pena aos demais varejistas guardar seus dados a sete chaves?

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