Com o grande movimento nos supermercados físicos e virtuais, ruptura no estoque significa perda de vendas. No entanto, nem todos os produtos apresentam os mesmos níveis de crescimento e, nesse caso, super estocagem pode significar complicações ao fluxo de caixa e até problemas com o espaço físico para armazenar itens mais importantes. Confira algumas dicas para não errar no controle de estoque:

1. Priorize a curva A

Especialista em comportamento do shopper e gerenciamento por categoria, Fatima Merlin, CEO da Connect Shopper , tem como uma das recomendações para as equipes comerciais, neste momento, a redução nos estoques de produtos das curvas B e C. O objetivo é suprir a necessidade de ampliar a compra e os níveis de estoque de produtos essenciais.

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2. Atenção aos momentos de pico

Lembre-se que teremos de lidar com a pandemia por várias semanas, e o comportamente do público não será homogêneo nesse período. Dados da Apas já demonstram que, após grande corrida às compras, o movimento nos supermercados desacelerou nos últimos dias, apesar de seguir acima da média para o período. A tendência é de que tenhamos essa alternância durante os meses de pandemia. E sua loja precisa estar com estoque preparado para novos momentos de pico, mesmo que não tão intensos como no momento dos primeiros casos de Coronavírus no Brasil.

Para alguns profissionais da cadeia de distribuição, um novo crescimento de demanda deve ocorrer a partir do início de abril , quando muitos consumidores receberão o pagamento. Essa variação pode ser ainda mais relevante caso sua loja atenda um público com orçamento limitado e que, por razões financeiras, não conseguiu sair às compras nas últimas semanas. Mas também vale entender picos de venda específicos de algumas categorias na sua loja – aos finais de semana, por exemplo – para adequar níveis de estoque a essas características específicas.

3. Não esqueça do médio prazo

Com o passar dos dias, a tendência é de que, cada vez mais, fique claro qual será o "novo normal" do brasileiro em relação ao consumo. A observar o que ocorreu em países que lidam há mais tempo com a pandemia, é de se esperar que, mesmo no médio prazo, produtos de limpeza e higiene pessoal continuem com vendas em alta por um bom tempo. E isso não se resume ao tão procurado álcool gel. Na P&G , por exemplo, a expectativa é de que, nos próximos meses, a procura por sabonetes se mantenha em torno de 90% superior à registrada em períodos normais. Já para produtos destinados à lavagem de roupas, o crescimento deve ser de 40%.

Com as pessoas ficando mais tempo em casa, também devem crescer em 20% as vendas de cremes dentais no médio prazo. Por falar em quarentena, quanto mais tempo ela durar, maior tende a ser o interesse também pelos produtos indulgentes. Com a despensa abastecida, os espanhóis, por exemplo, já começam a consumir cerveja em maior quantidade.

O importante é que o estoque da sua loja vá se adequando a esses diferentes momentos de consumo influenciados pela mesma situação.

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