As vendas dos supermercados dispararam nas primeiras semanas da pandemia de Covid-19 no País. Mesmo passado o impacto inicial, o faturamento segue bem acima da média para esta época do ano. Tudo indica um primeiro semestre de forte crescimento no setor, no entanto uma desaceleração mais expressiva nas vendas não pode ser descartada no médio prazo.

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“O governo está liberando crédito para a população se manter neste momento, e sabemos que o abastecimento de alimentos básicos será prioridade. Com o isolamento, a população teve que mudar seus hábitos, priorizando a alimentação dentro do lar, e isso tem influenciado nas vendas dos supermercados nas últimas semanas”, declarou João Sanzovo Neto, presidente da Abras, ao jornal Valor Econômico . “Mas, assim como vários setores, não descartamos a possibilidade de sofrermos os impactos da queda do poder de compra”, completou.

Por ora, a Abras mantém projeção de 3,9% de crescimento para o setor em 2020. A entidade chegou a cogitar elevação da estimativa para 4,2% em meio ao forte avanço nas vendas registrado nas últimas semanas, no entanto avaliou que as incertezas futuras exigiam uma postura mais cautelosa.

A grande dúvida do varejo alimentar neste momento é a respeito do tamanho do impacto na economia a ser gerado pela paralisação das atividades de diversos setores, por conta do avanço exponencial dos casos do novo Coronavírus no Brasil – por aqui, a pandemia já vitimou quase 700 pessoas, no mundo as mortes passam de 83 mil.

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