Sob comando da Amazon, vendas do Whole Foods crescem 3%
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 04/09/2018
Há um ano a Amazon anunciou a compra por US$ 13,7 bilhões do Whole Foods , rede supermercadista famosa nos EUA por comercializar produtos orgânicos e naturais. A aquisição marcou a estreia da companhia de Jeff Bezos no comércio de alimentos e assustou rivais do setor supermercadista.
Doze meses depois, é possível avaliar que está sendo cumprida a promessa de redução nos preços para tornar os alimentos saudáveis acessíveis a uma quantidade maior de pessoas. Mesmo praticando valores mais baixos, o faturamento do Whole Foods cresceu 3% desde que a Amazon assumiu o controle da rede. No entanto, há relatos de reclamações de consumidores a respeito de mudanças na qualidade de alguns produtos em comparação com o período "pré-Amazon".
Desde a conclusão do negócio, o mercado tinha a expectativa da implantação de inovações no Whole Foods, uma vez que a Amazon é, reconhecidamente, uma das empresas mais inovadoras do planeta. Até aqui, uma das principais alterações ocorreu no delivery. Rapidamente foi instituído um sistema que garante entrega em até duas horas após a compra em cerca de 20 cidades. E, desde o mês passado, o público de Sacramento, na Califórnia, e de Virginia Beach, no estado da Virgínia, tem a opção de comprar pelo aplicativo Prime Now e retirar em uma das lojas apenas 30 minutos depois. Em breve, o sistema desse ser levado a outras localidades.
Para o futuro, a Amazon deve utilizar cada vez mais o potencial de seu programa de fidelidade Prime, que conta com a adesão de mais de 100 milhões de consumidores, para fortalecer o crescimento do Whole Foods. Atualmente, há um programa de descontos específicos no supermercado para quem está cadastrado no programa de fidelidade. Segundo analistas, um próximo passo pode ser a entrega de compras semanais por meio de serviço de assinatura.