Seis em cada dez CEOs estão repensando o papel do RH nas companhias. A constatação é de um levantamento da consultoria Gartner . A notícia não é ruim, pelo contrário: gestores de RH atentos às rápidas mudanças do mundo corporativo tendem a assumir protagonismo num futuro próximo, inclusive propondo novos caminhos para a empresa. 

[noticiasRelacionadas]

Assim como o trabalho ganhou novos significados em diversos setores, a área de gestão de pessoas não está imune a mudanças. Para entender quais aspectos levam o profissional de recursos humanos a se tornar um executivo de importância estratégica, a consultoria Gartner realizou pesquisa com executivos de todo o mundo durante os últimos cinco anos. O resultado mostrou que os CEOs querem um líder de RH com participação efetiva em todas as frentes da empresa. Ficou claro que cinco papéis são fundamentais:

1. Liderar o capital humano

Em todo momento de grandes mudanças no mercado ou na sociedade que causem impacto na empresa, a liderança de RH precisa traçar uma estratégia de gerenciamento do capital humano, ajustando prontamente o time àquilo que a companhia precisa.

Um ponto fundamental é ter uma visão sistêmica da empresa, o que inclui ter todos os talentos mapeados e bem treinados. Dessa forma, será possível agir em momentos de mudança de cenário. Tudo isso passa por estar preparado para encarar grandes transformações, entre as quais uma troca na presidência, por exemplo.

2. Criar a estratégia de talentos

Cada vez mais, vai se exigir do profissional de RH capacidade muito além de atividades como recrutamento e seleção. Capacidade de desenvolver estratégia de pessoas com base no real funcionamento da companhia torna-se muito relevante. Afinal, somente dessa maneira será viável identificar o profissional certo para a função exata, no momento adequado.

3. Conduzir a transformação organizacional 

Decidir o caminho certo com o trem já em movimento. É mais ou menos isso o que se espera do gestor de pessoas. Na pesquisa da Gartner, 73% dos CEOs entrevistados revelaram expectativa de que a área de RH implemente cada vez mais rápido as mudanças, sejam elas por razões tecnológicas ou de mercado, a exemplo do surgimento de novo concorrente, crises, fusões, aquisições, etc. “Além de antecipar soluções para as mudanças, o profissional precisa estar preparado para conduzi-las. Ele passa a ter papel estratégico nas decisões”, analisa Brian Kropp, vice-presidente e líder de práticas de RH da consultoria Gartner. 

4. Dirigir a cultura e o propósito

O CEOs continuam sendo os principais responsáveis pela cultura organizacional de uma empresa, no entanto a maioria deles enxerga o líder de RH como um parceiro nessa construção. O ponto considerado crítico nesse processo é entender que valores e propósitos precisam ter alinhamento com a estratégia da empresa. 

Discurso sem aplicação prática não basta. Por exemplo: de nada adianta a empresa comunicar que valoriza a diversidade se apenas homens brancos estão nos cargos de diretoria.

5. Atuar como conselheiro e coach

O simples ato de aconselhar pessoas volta a ganhar força. “O RH precisa vestir a camisa de coach. Muito mais do que gerenciamento de talentos, um líder de recursos humanos deve estar próximo do CEO e dos executivos de negócios para orientá-los nas tomadas de decisões e guiá-los no desenvolvimento profissional”, resume Brian Kropp, da Gartner.

Quer ter acesso a mais conteúdo exclusivo da SA Varejo? Então nos siga nas redes sociais:   LinkedIn  ,  Instagram  e  Facebook  !