4 exemplos de como redes internacionais estão vendendo mais saudáveis
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 15/01/2019
O interesse de governos e legisladores em incentivar o consumo de alguns alimentos e restringir o uso de outros para reduzir os gastos públicos com saúde está repercutindo fortemente no varejo mundial. Da mesma forma, a confiança das pessoas na longevidade crescente vem influenciando suas escolhas alimentares e as compras em supermercados. As feiras orgânicas e os corredores com cereais integrais, itens sem lactose ou glúten, entre outros, se espalham pelo País, mesmo com a crise econômica que limitou o consumo. A demanda pelo saudável vem se manifestando de várias formas, de maneira firme e consistente. E os olhares do varejista devem se ampliar para o sortimento, novos serviços, novas bandeiras e até novos tipos de lojas. Acompanhe algumas iniciativas:
01. Produção perto da loja
Nos Estados Unidos e na Europa a valorização dos alimentos cultivados localmente já é bem forte, e por diferentes razões: estímulo ao desenvolvimento econômico da região (maior consumo), transporte rápido e barato, maior facilidade na negociação de preços e valorização da identidade local. O mercado americano, além de aumentar o sortimento, realiza eventos tipo “vamos conhecer o fazendeiro” e firma parcerias com operações agrícolas verticais para produzir alimentos a poucos quilômetros de distância. É o caso das marcas Gotham Greens e da Bright Farms .
02. Aconselhamento nutricional
Nutricionistas dentro das lojas para orientar a dieta dos clientes se multiplicam nos Estados Unidos. Segundo o relatório de 2018 do US Grocery Shopper Trends, publicado pelo Food Marketing , 55% dos consumidores vêm sua principal loja de alimentos como aliada nos esforços de seu bem-estar. E os próprios varejistas (81% deles) enxergam os programas de saúde dos supermercados como uma oportunidade de crescimento dos negócios para o setor. Está certo que a obesidade nos EUA é muito elevada e existem várias doenças decorrentes desse mal, e de outros. Mas, no Brasil, o potencial de um nutricionista para orientar o consumo também é animador. Um nutricionista tanto pode estimular a compra de diferentes tipos de carne (bovina, suína, de aves e peixes) como propor equilíbrio entre o consumo de produtos mais açucarados ou com excesso de gordura e o de alimentos mais naturais e frescos.
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03. Associação com hospitais
Ainda nos EUA, onde médicos se debruçam sobre o cardápio dos pacientes, alguns supermercadistas estão enxergando oportunidades de vendas e de maior conexão com a comunidade. A loja Basics Market, de Portland, Oregon, foi instalada no térreo de uma clínica médica, que estimula seus pacientes a adotar alimentos benéficos para a saúde. E a própria loja desenvolveu um programa de educação alimentar, com aulas interativas de culinária. A proposta do Basics Market é encorajar o consumo de comida feita em casa.
04. Cultivo na própria loja
Os varejistas também estão levando plantações para dentro da loja. Segundo o site Grocery Dive , uma startup de agricultura orgânica, a Smallhold , com sede em Nova York, monta expositores de cultivo dentro dos supermercados, o que faz sucesso entre shoppers e crianças. E, no ano passado, a rede Hy-Vee construiu muros hidropônicos de quase 2,5 m de altura fora de sua loja em Davenport, Iowa, que chega a fornecer até 22 kg de verduras para a loja a cada semana. Em Montreal, Canadá, um supermercado IGA dispõe de uma plantação no terraço de 2.322 m2, com 30 variedades diferentes de produtos orgânicos certificados, incluindo tomate, alface, rabanete, couve, berinjela e manjericão.
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