SA+ Ecossistema de Varejo

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Entenda como os marketplaces têm se inserido no cenário competitivo do varejo alimentar

21/02/2025

NEWSLETTER

SA+ Ecossistema de Varejo


SA+

SA+ Aconselhamento

SA+ Educação

SA+ Trade

SA+ Internacional

SA+ Tech

SA+ Relacionamento

SA+ Conteúdo

SA+ Inteligência

SA+ Branded Content

Voltar para a página inicial

Home

Acesse todas as notícias

Notícias

Navegue pelas categorias do Solução Sortimento

Solução Sortimento

Acesse nossa seção Prateleira

Prateleiras

Navegue por todas as edições

Revistas

Indústria Custos de produção Inflação Bens de consumo Consumo Encantamento

Pressão sobre custos de produção deverá ser menor

POR Reportagem SA+ Conteúdo

EM 16/01/2023


Foto: Stock Adobe


Nos últimos dois anos, a indústria foi pressionada pela escassez de matéria-prima e aumento de custos, causados pela pandemia de Covid-19 e posteriormente pela guerra na Ucrânia. Embora os dois eventos continuem sem solução definitiva, 2023 tende a ser um ano de arrefecimento dessas despesas. Isso porque grandes economias, como China e EUA, estão passando por uma recessão, que já causou queda nos preços-base de importantes commodities agrícolas, energéticas e metálicas. 

“Com o menor consumo nesses países, as empresas brasileiras tendem a perder receita com exportação e a se voltarem para o mercado interno. A maior oferta deve diminuir os preços por aqui. Não falo só de alimentos, mas principalmente deles”, afirma Matheus Peçanha, economista do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), da Fundação Getúlio Vargas.

O petróleo, que baliza o preço dos combustíveis em todo o mundo, caiu 29% desde o pico de alta em 8 de junho de 2022, quando chegou a R$ 120,89. Grãos como soja e milho recuaram, respectivamente, 14% e 14,6% também entre junho e dezembro. “A Opep [Organização dos Países Produtores de Petróleo] tentou segurar a cotação restringindo a oferta, mas mesmo assim o preço do fóssil ficou em patamar mais baixo. Isso tende a diminuir os custos de transporte em todo o mundo”, explica Peçanha. 

Ele ressalta ainda que uma mudança na guerra ou um avanço da Covid-19 podem mudar o cenário, mas não há indicações no momento. No mercado interno, o que pode impactar os custos de transporte é a política de oneração dos combustíveis pelo novo governo Lula. “Ainda é uma incógnita como isso será feito, em que medida e quais serão as decisões da Petrobras, mas vejo nesse item a maior pressão de custos para 2023”, avalia Peçanha.

[noticiasRelacionadas]

O Ibre prevê uma inflação neste ano entre 5,2% e 5,3%, enquanto a expectativa de crescimento do País é pequena, entre 0,5% e 1%. No caso específico dos alimentos, a queda na cotação dos grãos tende a contribuir para um menor preço de biocombustíveis, feitos de milho e cana no País, mas principalmente no valor das proteínas. A ração para animais responde por 70% dos custos de produção de frango e suínos e até 40% no caso da produção de leite.  

Mas a economia na China é que dará o tom real do mercado. “Se eles aumentarem o volume de compras, o preço internacional sobe, assim como no mercado interno, pressionando o varejo e o consumidor”, afirma João Pedro Baptistini, analista da consultoria StoneX .

Ainda no mercado interno, a recomposição na safra de milho em 2022, depois de uma quebra no ano anterior, também pode ajudar nos preços. Ocorre, porém, que a indústria pecuária teve suas margens muito apertadas nos últimos anos e pode tentar recompô-las, como comenta Baptistini. 

Segundo cálculos da StoneX, os pecuaristas tinham uma margem de lucro de R$ 1,56 por arroba de boi no início de 2021, que caiu para um prejuízo de R$ 0,05 no fim do mesmo ano. Em 2022, as coisas melhoraram, e a margem está agora em R$ 0,50, mas ainda distante do desejo da indústria.  “Houve menor recomposição de animais devido a essas margens menores e podemos ter neste ano uma menor oferta de bois.

Por outro lado, a disponibilidade de grãos para ração é grande, então é uma conta que tende a indicar uma estabilidade nos preços”, afirma Baptistini. “O que precisamos acompanhar é o poder de compra do brasileiro, a renda e a inflação para saber se a indústria poderá recompor as margens pré-pandemia.” 

Em outros produtos alimentícios, a esperança também é de menor custo de produção com a área agrícola tendo mais fertilizantes disponíveis, após a paralisação temporária de oferta da Rússia, o maior fornecedor global do insumo. A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) prevê que o setor agro tenha um crescimento de 2,2% em 2022, com R$ 1,3 trilhão de receita. As principais cadeias que influenciam esse valor são soja, carne bovina e milho, que compõem muito dos insumos da indústria doméstica de alimentação. 

Para a produção brasileira de grãos e fibras, a expectativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) é de um crescimento de 15% na produção, com 313 milhões de toneladas. Para outros itens, como embalagens, a tendência é de recuperação na disponibilidade em 2023. A CNI (Confederação Nacional da Indústria) informou no ano passado que 22 dos 25 setores industriais acompanhados pela entidade sentiram falta de matérias-primas e que agora estão tendo maior disponibilidade. 

Entretanto, a entidade lembra que incertezas sobre o controle de despesas públicas, a condução da política fiscal e as questões tributárias, todas sem direcionamento por enquanto, poderão impactar a indústria. 

Para todos os analistas, a taxa Selic deve se manter elevada neste ano, o que influencia o crédito para consumo, custeio e investimento. A planilha da indústria, portanto, está cheia de brechas que poderão mudar os próximos meses. 

 

Quer ter acesso a mais conteúdo exclusivo da SA Varejo? Então nos siga nas redes sociais:       LinkedIn      ,       Instagram       e       Facebook

 

COMPARTILHAR
TAGS:Indústria, Custos de produção, Inflação, Bens de consumo, Consumo, Encantamento, Encantar o consumidor
COMPARTILHAR:

Ícone Notícias relacionadas

Consumidor em frente gôndola de refrigerados em supermercadoExperiência do Cliente

Pesquisa aponta: estamos na era de como você vende e não de o que você vende

Consumo de ovo classe D e EClasses D e E

O crescimento do consumo das classes D e E nos supermercados

Natural da TerraVarejo Alimentar

Hortifruti Natural da Terra cresce 112% na venda de sorvetes

Adobe StockGeração Z

Veja como as estratégias de trade marketing são impactadas pela Geração Z

Comentários

Ícone Envie seu comentário

Ícone Siga-nos

Logo SACONTATO@SAMAISVAREJO.COM.BR
instagramfacebook4linkedin
Logo Cinva

© Somos uma marca do CINVA (CENTRO DE INTELIGENCIA E NEGOCIOS DO VAREJO - CINVA LTDA). © 2023 SA+ Ecossistema de Varejo. Todos os direitos Reservados