Pesquisa aponta que consumidores têm feito mais compras de emergência com cestas menores
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 26/06/2023
Foto: Adobe Stock
As tendências nos hábitos dos consumidores brasileiros mudaram, a cesta de compra está mais enxuta e a “compra do mês” perdeu sua posição em primeiro lugar dentre as formas mais recorrentes de intenções de compra. É o que aponta pesquisa da Tail by TOTVS .
Ao todo foram analisados mais de 206 milhões de cestas de compras em 3,2 mil mercados por todo território nacional, considerando os hábitos de mais de 7,5 milhões de pessoas que totalizaram 1,6 bilhões de itens adquiridos.
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Os dados foram obtidos por meio do Tail Shoppers, uma ferramenta de inteligência de dados que mapeia e analisa mais de 5 bilhões de transações mensais no varejo, e demonstraram que no primeiro trimestre de 2023 um total de 48,9%, a maior parte das pessoas optou por realizar “compras de emergência” – de até 4 itens, o que implica no crescimento de 1.8 pontos percentuais se comparado ao mesmo período de 2022. Em seguida temos as “compras de conveniência” – de 5 a 11 itens, com 30%; as “de reposição” – de 12 a 25 itens, com 15,2% e por último as “de abastecimento” - acima de 25 itens, com 5,9%.
Para Cristiano Nobrega, CEO e cofundador da Tail by TOTVS, devido ao aumento das compras de emergência, a tendência é o crescimento do varejo de proximidade. Sobre a composição das cestas, as categorias de produtos com maior destaque permanecem as mesmas do ano anterior, com a liderança das hortaliças (5,8%), seguida pelo refrigerante com 5,3%, pães com 4,4%, produtos de limpeza e frutas com 3,7% e 3,6%, respectivamente.
Outro destaque da pesquisa é em relação a idade dos consumidores, que de acordo com o relatório, estão mais jovens. O maior crescimento entre 2022 e 2023 foi do grupo de compradores entre 18 a 30 anos, de 16,1% para 17,8%. Já o público acima dos 50 anos teve uma queda 1.7 p.p, caindo de 36% para 34,3%. Entretanto, os mais ativos continuam na faixa dos 31 aos 50 anos, que representam 47,8%, quase metade do total dos consumidores.
Com isso em vista, Cristiano destaca a preocupação que os varejistas precisam ter com seu público de acordo com a idade para garantir melhoria de seus negócios. “As necessidades de pessoas de 18 a 30 anos são diferentes do público de 36 a 45 anos, portanto, a exposição dos produtos deve ser outra. Isso tudo mostra como os dados são cada vez mais valiosos para suportar as estratégias de negócios e incrementar a atuação dos varejistas nos pontos de venda”, ressalta Cristiano.
O levantamento também verificou um aumento das compras das classes D e C que alcançaram respectivamente 14,7% e 51,2%, mais da metade de todas as cestas. As mulheres também são as principais consumidoras e representam 53,6% do total, um aumento de 1.9 p.p em relação ao ano passado.
Contudo, apesar do cenário de mudanças, o valor do ticket médio dos brasileiros em mercados não teve muita variação com um aumento de 1,49% durante o 1º trimestre de 2023, de R$ 106,42 para R$ 108,49.
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