Foto: Adobe Stock

Com as novas tecnologias e metodologias, as novas lideranças precisam evoluir, se tornar mais adaptáveis, conscientes, flexíveis, criativas e inovadoras. É o que apontam dados do Panorama de Liderança de 2023 realizado pelas empresas  Amcham  e Humanizadas .

A pesquisa analisou a resposta de 763 respondentes, desses 56% possuíam cargos de alta liderança como diretores, C-Level e fundadores; 66%, a maioria, representam empresas de médio e grande porte. A estimativa de faturamento anual nessas empresas é de R$ 1,2 trilhão. 

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Para Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil, as tendências de transição para uma liderança mais flexível, colaborativa e criativa, com menor ênfase em gestão e execução, não significam negligenciar a organização e a realização. “Esses aspectos continuam sendo importantes, mas a liderança baseada em estruturas rígidas não será mais suficiente para lidar com mudanças rápidas do mundo complexo e tecnológico de hoje", afirma. 

Segundo o levantamento, o “alinhamento de propósito e valores” e a “capacidade de adaptação e flexibilidade” são vistos como os pontos mais fortes das lideranças com respectivamente 56% e 48%.

Entretanto, a “capacidade de adaptação e flexibilidade” é o aspecto que mais precisa ser aprimorado (40%), seguido pela “inovação e criatividade na resolução de problemas” com apenas 1p.p. a menos (39%).

Já para o futuro, a previsão é de que o estilo de liderança vigente se altere devido aos novos desafios que estão emergindo. Sendo assim, para os próximos anos será necessário líderes capazes de fomentar a inovação, a agilidade e o desenvolvimento humano, de forma a criar um ambiente com maior flexibilidade que permita a colaboração e criatividade com um nível de maturidade mais elevado. Neste sentido, de acordo com a pesquisa, as lideranças precisam garantir a sustentação da cultura e estratégia de negócio. 

Na prática, essa implementação pode se demonstrar de diversas formas, como por exemplo, por meio de uma maior flexibilidade com horários, em que ao invés de aderir a um horário de trabalho rígido, líderes promovem um ambiente mais flexível no qual os membros possam escolher seus próprios horários e/ou tenham horários mais flexíveis em casos de necessidade como problemas familiares ou outros desafios da vida. Para o Panorama, o resultado disso é uma maior demonstração de confiança na equipe, o que por consequência pode aumentar a satisfação e produtividade.

Outro exemplo são as decisões democráticas, onde líderes incentivam um ambiente mais colaborativo buscando pela opinião e o conselho de membros da equipe por meio de reuniões de brainstorming entre outras formas.

Há também a inovação por meio do aprendizado contínuo que envolve apoiar a participação em conferências ou workshops relevantes ou até mesmo dedicar um tempo semanal para que os membros da equipe possam trabalhar em projetos passionais ou explorar novas ideias.

A pesquisa destaca ainda a colaboração e inovação no meio digital com ferramentas como o Slack, Microsoft Teams ou Google Workspace que permitem com que os membros compartilhem ideias, solicitem feedback e trabalhem em conjunto em projetos independentemente de suas localizações. 

A flexibilidade nas políticas de trabalho também é um exemplo levantado e indica a adoção de trabalho remoto ou híbrido, onde os funcionários têm a opção de trabalhar em suas casas ou de qualquer outro lugar que escolherem, algo que tem o potencial de aumentar a motivação dos times e demais colaboradores e demonstrar que a liderança valoriza o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Por fim, a pesquisa também oferece o exemplo da criação de squads ou círculos de gestão, uma estrutura organizacional flexível formada por uma equipe e multifuncional autogerida que tem a liberdade de decidir como trabalhará para alcançar seus objetivos.

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