Mercadinhos de bairro ganham força na concorrência com grandes redes
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 26/12/2018
Até 2014, existiam 13,9 mil minimercados no Estado de São Paulo. Em agosto de 2018, o número de mercadinhos de bairro em território paulista pulou para 22,6 mil, uma salto de 62% em apenas quatro anos. Somente na capital, já são 5,2 mil lojas desse formato.
O mesmo fenômeno ocorre em diversas cidades do País. A união de praticidade, agilidade e proximidade são os fatores que tornam os minimercados um grande sucesso junto a consumidor brasileiro. “Um pequeno mercado tem mais agilidade e capacidade de adaptação que as grandes redes, pois tem maior poder de decisão sobre seus rumos”, acredita o consultor José Eduardo Carrilho, do Sebrae-SP.
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É uma vantagem competitiva dos mercadinhos de bairro a capacidade de buscar soluções personalizadas para o público da loja, atendendo rapidamente as necessidades de clientes que, em muitos casos, são conhecidos pelo nome. Exemplo disso é um mix de produtos enxuto e assertivo, focado nas preferências do público local. Atendimento ágil e mesmo investimentos em tecnologia também são importantes para os pequenos. “É fundamental que o cliente saia da loja com a sensação de que a visita foi agradável e sinta prazer em voltar. A agilidade, rapidez e eficiência são inerentes ao pequeno”, destaca Carrilho, do Sebrae-SP.
Vendas acima da expectativa
No espaço antes ocupado por uma loja de hortifrútis, o empresário Renato Almeida Santos abriu há dois meses um mercadinho no Sumarezinho, bairro da zona oeste paulistana. Em sociedade com a esposa, o empreendedor já contava com um minimercado na zona norte da cidade. Instalada numa rua movimentada, com diversos prédios residenciais por perto, a nova loja já supera as previsões de faturamento, mesmo com a concorrência próxima de dois supermercados.
“Trouxemos alguns diferenciais, como vinhos e produtos importados. Uma coisa vai chamando a outra. Não deixamos a desejar em termos de produtos. Nosso preço é um pouquinho maior do que nos grandes supermercados, mas a qualidade é melhor, as frutas e verduras são selecionadas”, afirma Santos, proprietário da loja.
Segundo analistas de varejo, o empenho dos donos no dia a dia de um pequeno mercado é fundamental no sucesso do empreendimento.
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