Já imaginou decidir valor do próprio salário? É assim em uma startup inglesa
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 27/09/2018
"É um processo louco, mas funciona", resume Jason Trost, CEO da startup Smarkets , com sede em Londres. O negócio da empresa são as apostas online, muito populares no Reino Unido. Mas o que tem chamado atenção é a possibilidade, criada há três anos, de cada integrante da equipe dar palpite no próprio salário.
Duas vezes por ano, todos os 106 funcionários propõem aos gestores um valor de remuneração mensal, com base no próprio desempenho, em avaliações recebidas e na opinião de colegas de trabalho. Na sequência, os valores são publicados em um sistema interno ao qual todos os colaboradores têm acesso, independentemente do grau hierárquico. Cada um pode checar quanto o colega ganha e dar um feedback positivo ou negativo. Ninguém tem poder de veto, mas todos podem discutir com colegas sempre que observarem valores salariais com os quais não concordam.
Para ninguém pedir um valor astronômico, a startup definiu um teto salarial. O orçamento da empresa para folha de pagamento também é público, dessa forma toda a equipe sabe o valor total que a empresa tem condição de pagar.
Os executivos da Smarkets garantem que dá certo porque aumenta a transparência e a flexibilidade nas relações. "Esse sistema força você a ser muito claro e tangível sobre o que alcançou e porque merece o salário requisitado”, acredita Jonny Maunder, um dos sócios da empresa. Em 2017, a Smarkets foi apontada pelo jornal Financial Times como a 25ª startup que mais cresce na Europa.
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