Em meados de 2004, um investidor de risco direcionou uma declaração dura a Jack Ma, fundador do Alibaba: "Você não é qualificado como CEO". O tempo mostrou o equívoco da afirmação, afinal poucos anos depois Jack Ma se tornaria o homem mais rico de uma China repleta de bilionários, e sua empresa passaria a ser cultuada como um dos grandes players globais do comércio eletrônico, com atuação também no varejo físico.

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Mas foi após aquela conversa que o criador do Alibaba pensou pela primeira vez sobre aposentadoria. A partir de 2009, no aniverário de 10 anos da companhia, o planejamento começou a ganhar contorno práticos. Estava definido que o dia 10 de setembro de 2019, data em que completaria 20 anos como presidente da gigante chinesa, marcaria a aposentadoria de Jack Ma, aos 55 anos de idade.

Nesse intervalo de uma década, entre os diversos trabalhos desenvolvidos estava a criação de um sistema para descobrir e formar lideranças, com atenção especial à preparação dessas pessoas, explicou Ma durante o evento Forbes Global CEO Conference. “A empresa nunca deve depender de Jack Ma. A empresa deve depender de um sistema de liderança. É a cultura. São as pessoas. É o sistema que mantém uma empresa viva por 102 anos, e não apenas uma pessoa”, explicou o executivo.  

O empresário chinês já declarou algumas vezes seu desejo de que o Alibaba sobreviva por pelo menos 102 anos, pois assim a companhia fundada em 1999 atravessaria três séculos de atuação. O presidente escolhido para substituí-lo foi Daniel Zhang, que desde 2015 já era o principal executivo do Alibaba.

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