Hábitos de consumo foram influenciados pelas mudanças econômicas e climáticas em 2023
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 12/01/2024
Foto: Arquivo SA+ Ecossistema de Varejo. Super ABC
As bebidas apresentaram o maior crescimento em faturamento no ano passado com +11,3%, tanto em supermercados quanto em atacarejos. Logo em seguida está a seção de perfumaria com apenas 0.1 p.p a menos. Produtos de limpeza (10,5%), mercearia (9,2%), e perecíveis (9,2%), também se destacaram.
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Em relação ao líder dessa categoria, as bebidas não alcoólicas tiveram um aumento de 1,6 p.p em participação de mercado, indo de 44,2% para 45,8%. Nesse sentido, os itens que mais se destacaram foram os sucos, energéticos, isotônicos e água de coco. Um dos fatores para esse resultado foram as ondas de calor que afetaram o Brasil no ano passado.
Os dados são de uma pesquisa realizada pela Scanntech , e indicam ainda que o consumo de geladinhos subiu 69,2%%, do açaí 49,3% e dos isotônicos 46,2%, algo que também teve como influência as mudanças climáticas.
Fatores como a queda na taxa de desemprego, inflação, e aumento de rendimento médio fez com que os brasileiros também ajustassem seu consumo, aumentando as compras de itens perecíveis como a carne bovina, aves, ovos, queijos e FLV; e diminuindo o consumo de produtos da mercearia básica.
Priscila Ariani, diretora de marketing da Scanntech, afirma que 2023 foi marcado por altos e baixos no varejo alimentar brasileiro, tanto pelos fatores climáticos quanto pelos econômicos. “Mas o setor se adaptou rapidamente, culminando em um saldo positivo e revelador das tendências de consumo no país”, conta.
Em relação aos preços, a perfumaria apresentou o maior aumento, com 11,2%, enquanto os produtos de limpeza, mercearia, perecíveis e bebidas registraram elevações de 9,7%, 9,4%, 8,2% e 7,9%, respectivamente. Por outro lado, a mercearia básica teve uma queda de -1,3% nos preços, porém ao mesmo tempo apresentou também queda nas vendas (-1,6%).
O fluxo nas lojas teve um crescimento em relação a 2022, especialmente no primeiro semestre. Contudo, o carnaval foi afetado fortemente pelas chuvas e alta nos preços, o que resultou em uma queda de 11,2% nas vendas.
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