Google completa 20 anos, mas quase foi vendido por valor irrisório
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 27/09/2018
Segunda metade da década de 1990 no Vale do Silício. Larry Page, estudante da Universidade Stanford , conduzia um trabalho de doutorado cujo objetivo era criar uma nova maneira de buscar informações na internet. Partia da premissa de que, entre dois sites sobre o mesmo assunto, deveria ser mais interessante aquele com maior quantidade de links em outras páginas direcionados para seu conteúdo. Junto do colega Sergey Brin, criou um programa para ranquear sites que recebeu o nome de Google.
O acesso só era possível à comunidade acadêmica de Stanford. Em questão de dias, era tanta gente a utilizar a ferramenta que o Google quase ocasionou pane geral nos sistemas de informática da universidade. A dupla, então, foi atrás de investidores para levar o projeto ao mercado. A maioria, porém, entendia aquilo como apenas outro mecanismo de busca, algo que já existia com funcionalidades mais limitadas.
Em 1998, Page e Brin fizeram uma demonstração do sistema para Joe Kraus, um dos fundadores do portal de notícias e variedades Excite. Ao final daquela reunião, Kraus poderia ter comprado o embrionário Google pelo valor de US$ 1 milhão, mas não viu razões que justificassem o investimento. "Eu poderia dizer: fui um imbecil. Mas, naquela época, ninguém pensava que era possível ganhar dinheiro com busca. Ninguém tinha percebido a mina de ouro que eram os buscadores”, já afirmou o empresário.
Pouco tempo depois, os garotos de Stanford encontraram alguém capaz de perceber o real potencial de sua criação. No primeiro contato com o Google, o investidor Andy Bechtolsheim injetou US$ 100 mil no projeto. "Percebi imediatamente que aquela era a ideia mais brilhante que vi em toda minha vida", contou em diversas entrevistas. Desde então, os investimentos não pararam de chegar. Hoje, o Google responde por mais de 80% do segmento de buscadores online. O valor de mercado atual da empresa supera a marca de US$ 300 bilhões.
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