Foto: Divulgação

O ganho de mercado do e-commerce nos últimos tempos é mais do que tendência, é uma realidade para o varejo, que tem apostado no canal como forma de ampliar a abrangência dos negócios e atender o cliente quando e do modo que ele quer. Se no varejo a prática é cada vez mais comum, em segmentos como atacado e atacarejo o formato de negócio ainda tem muito a desenvolver. As redes, porém, que observam tal oportunidade colhem os frutos do investimento.

É o caso do Flex Atacarejo , que surgiu em 2017 e hoje tem três lojas no interior paulista. O jovem grupo, que nasceu após a experiência de seus sócios em uma rede com cinco lojas de supermercado, logo notou que investir no online seria uma ótima alternativa de negócio,o que ocorreu há cerca de dois anos. 

“Entendemos que, com o online, podemos amplificar nossa marca, levando ao cliente, mais comodidade e experiência de compra”, resume Amilcar Pavan, sócio-fundador e diretor de marketing da rede, dizendo que o formato de atendimento estende o raio de atuação das lojas. “Com o e-commerce vamos mais longe na expansão da marca. Temos casos excelentes de venda online onde não temos loja física”, ressalta. 

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A estruturação do novo canal

Para agilizar o seu e-commerce, o Flex Atacarejo fez investimentos na ordem aproximada de R$ 70 mil para a largada da primeira operação, que levou apenas sete dias para entrar em funcionamento. Considerando o know-how adquirido e com as integrações preparadas, o investimento atual para uma nova operação em uma nova unidade é inferior a R$ 15 mil. 

Algumas parcerias foram estabelecidas logo de início e outras ocorreram na sequência, como explica o sócio-fundador. “Como decidimos de forma rápida atender no on-line em meio a pandemia, optamos por uma solução de plataforma existente e de fácil integração com nosso sistema. Em menos de três dias, acertamos os detalhes, e já conseguimos colocar o e-commerce no ar”, sintetiza. 

Para a organização dos pedidos, foi criado um mezanino na loja e as salas da gerência e de reunião cederam espaço à nova proposta da rede. Quanto à equipe focada para essa nova operação, foram selecionados os colaboradores que possuíam conhecimento de produtos. “Isso foi fundamental nos primeiros dias. No princípio, até ganhar corpo, os colaboradores da loja física coletavam e separavam produtos, hoje, temos um organograma a parte e uma operação exclusiva para o e-commerce”, descreve Pavan. 

Já o sistema de entrega, inicialmente, era realizado a partir de equipe própria, o que precisou de ajustes com o avanço da atividade. Com o aumento das vendas, uma empresa terceirizada foi conectada à plataforma da rede, que ficou responsável pela roteirização correta para cada entregador, para otimizar tanto o tempo como os custos de entrega. 

Tíquete-médio se destaca no e-commerce

Atualmente, as vendas no canal online representam 2% do faturamento do Flex Atacarejo, mas um fator se destaca entre as operações: o tíquete-médio. As lojas físicas apresentam um tíquete-médio de R$ 135,00, enquanto no e-commerce é de R$ 350,00, ou seja, é 159% superior no online, um fator bastante atrativo para o negócio. Mesmo diante desse cenário bastante positivo para as vendas virtuais, a proposta da rede é ampliar cada vez mais essa cifra. 

“Atuamos junto aos nossos fornecedores parceiros para fazer esse valor aumentar, com ações combinadas, e muitas vezes, isentando o frete pra o consumidor”, comenta Pavan. “Tivemos uma ótima experiência com a empresa 3corações, na qual traçamos uma ação de isentar o frete da entrega, mediante a compra de R$ 50,00 em itens da marca. Além disso, ajustamos ações de sampling, com o objetivo de gerar experimentação de novos produtos da marca aos nossos clientes”, completa.

O mix das lojas físicas reúne 14 mil SKUs e quase sua totalidade está no e-commerce, exceto a categoria de sorvetes, que por conta dos desafios de logística, ainda está em estudos para a melhor forma de entrega. E o comportamento das vendas de itens na loja virtual é bem diferente da física, como ressalta Pavan. “Não imaginávamos que categorias como hortifruti e congelados seriam expressivas no on-line. Mas sim, hoje possuem ótima performance, bem como a categoria de bebidas”, afirma Pavan. 

Com o bom desempenho das vendas tanto no ambiente físico como no online, a proposta do Flex é ampliar sua atuação por meio dos dois canais. “Nosso objetivo é expandir a rede com lojas físicas, pela região Metropolitana de Campinas, e em cada uma dessas lojas físicas, ter uma operação eficiente de vendas on-line”, adianta o sócio-fundador, mostrando que a omnicanalidade veio para ficar e desenvolver a rede. 

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