Até 2027, o mercado de Bebidas Energéticas dobrará de tamanho no Brasil, representando 10% do segmento de não alcoólicos e alcançando a mesma relevância da categoria nos Estados Unidos. A projeção é da consultoria Euromonitor.

A previsão pode parecer otimista, mas é totalmente realista e leva em conta um crescimento que já ocorre há algum tempo. Entre 2017 e 2022, as vendas de Energéticos triplicaram em faturamento, o que fez a participação da categoria dentro da cesta de não alcoólicas pular de 3% para 6% em valor.

O crescimento exponencial nas vendas tem relação com a maior penetração, uma vez que novos consumidores não param de chegar. Energéticos já estão presentes em 34% dos lares, um avanço de 42% em relação aos últimos 2 anos, conforme dados da Kantar até março/23.

Se no passado a procura por Energéticos era mais associada a festas e eventos sociais, hoje as ocasiões de consumo são múltiplas. A bebida é cada vez mais presente no dia a dia de jovens com até 24 anos, em momentos como períodos de estudo para provas, jornadas de trabalho exaustivas, prática de esportes, viagens de carro, competições de game e mesmo nos momentos livres, pelo prazer de consumir a bebida, hoje disponível em diversos sabores e versões.

Para dois terços dos shoppers, o ponto de venda é a maior fonte de conhecimento sobre os produtos. Daí a importância de adaptar mix e exposição à nova realidade da categoria. Com base em estudos de comportamento de compra, a Red Bull,  líder de mercado na categoria (Nielsen Retail Index/ano móvel - maio-23) destaca as duas iniciativas mais importantes para o varejo alimentar: ampliar o espaço de bebidas energéticas na área primária e oferecer também o poduto gelado, na área de checkout e na geladeira própria da loja. 

Confira dicas práticas para ajustar a execução:

Área Primária

A marca cruzou as vendas de não alcoólicos com o espaço em gôndola de Energéticos em supermercados regionais e percebeu que, nas lojas em que energéticos representam 10% do espaço de não alcoólicos, a categoria NAB fatura 30% a mais. Portanto, para obter o maior retorno, certifique que suas lojas destinam aos energéticos 10% do espaço das bebidas não alcoólicas.

Checkouts

A Red Bull avaliou também o impacto nas vendas da presença de coolers na área de checkouts. Como resultado, percebeu que nas lojas com pelo menos um equipamento o sell-out cresceu 35%. Para aproveitar ao máximo as oportunidades, o ideal é considerar 1 geladeira a cada 4 checkouts.

Geladeiras da Loja

Na decisão de compra, outro aspecto que deve ser considerado é que 42% dos shoppers de energéticos visitam a área de refrigerados da loja. Por isso, fazer exposição adicional das bebidas energéticas nesse espaço eleva em 13% o faturamento da categoria, em média. 

Com esse conjunto de iniciativas, o autosserviço alimentar pode aproveitar melhor as oportunidades de crescimento dos energéticos e de todo o segmento de bebidas não alcoólicas. Foi o que fez uma rede regional de supermercados do interior paulista. Com base nas recomendações da Red Bull, ampliou o espaço dos energéticos no ponto natural para dois módulos, inseriu uma média de 3 coolers na área de checkouts de cada loja e garantiu presença do produto em 75% das geladeiras próprias dos supermercados.

O resultado foi um crescimento de 54% nas vendas de energéticos em 2022, superando o avanço de 40% registrado pelo mercado. Considerando toda a categoria de bebidas não alcoólicas, o faturamento avançou 27%, enquanto o crescimento de mercado no mesmo período foi de 17%.