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22/05/2025
Docile investe na expansão de duas fábricas e quer atingir R$ 1 bilhão em vendas em 2025
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 17/04/2023
Foto: Divulgação
A Docile, que fechou 2022 com faturamento de R$ 554 milhões, expansão de 45% em relação a 2021, pretende chegar ao final deste ano com crescimento de 30% e chegar a R$ 720 milhões em faturamento. Além disso, a empresa já traçou as metas para atingir R$ 1 bilhão em vendas de doces e balas em 2025.
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A companhia, fundada e administrada pelos irmãos Fernando, Ricardo e Alexandre Heineck, está investindo na expansão de suas duas fábricas - a sede em Lajeado, no Rio Grande do Sul, e outra em Pernambuco - para aumentar a capacidade de produção em 25% no ano que vem. Atualmente, a produção é de 40 mil toneladas/ano, o suficiente para encher 1,5 mil carretas de balas e doces. Além de atender os mais de 1,1 mil pontos de venda no mercado nacional, a produção é voltada também para a crescente venda internacional.
Hoje cerca de 35% da receita vem da venda a mercados como Estados Unidos, Inglaterra, países árabes e latino-americanos. Com maior foco comercial nesse canal, a Docile se tornou a maior exportadora nacional de balas no ano passado, ultrapassando o volume da paulista Riclan, dona de marcas como Freegells e My Toffee.
De acordo com Alexandre, poucos fabricantes estão dispostos e preparados para customização que o mercado externo demanda. “Além de obter certificações específicas de agências sanitárias e agilizar as embalagens conforme as regras e idioma de cada destino, isso também significa ajustar aromas, sabores ou lançar um produto conforme a demanda local”, explica.
Na África do Sul, os fornecedores pediram à Docile a bala de gelatina em formato de minhoca com sabor muito mais ácido do que era produzido no Brasil. Nos Estados Unidos, a demanda das “lojas de dólar” foi por pulseiras comestíveis, que alunos se presenteiam no início das aulas com frases de amizade.
“O Brasil é competitivo em nosso principal insumo, que é o açúcar”, diz Fernando. São 800 itens (SKUs) na exportação e 170 SKUs à venda no Brasil.
Fernando revelou ainda que a empresa está se preparando para ir para o conselho de administração, trazendo profissionais de fora e profissionais que cresceram na Docile para assumir as diretorias. “Mas combinamos que cada um vai fazer isso no seu tempo”, conta. Atualmente, a empresa não tem um CEO e as decisões são tomadas e debatidas com conselheiros independentes, e o pai (que vende a fábrica Florestal e se junto à Docile) tem o voto de minerva, por estatuto.
A empresa informou ainda que não planeja IPO ou venda parcial a um private equity, por exemplo, como fez a concorrente local Dori. Aquisições, no entanto, não estão descartadas e podem acelerar a chegada ao primeiro R$ 1 bilhão em vendas. O trio não esconde a vontade de entrar no segmento de chocolates - mas, por enquanto, a categoria se mostra mais complexa e menos lucrativa que as balas.
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