Divisão de queijos da Vigor vai representar 60% da receita em três anos

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Reportagem SA+ -

Em 2022, as vendas do produto ficaram perto de R$ 1,6 bilhão e representaram 40% da receita

Foto: Divulgação

Desde 2019 a Vigor, controlada pelo grupo mexicano Lala, vem investindo para desenvolver sua divisão de queijos, uma das quatro dos negócios da companhia. A meta é de que no final dos próximos três anos a divisão represente 60% da receita da companhia.

No ano passado, com as vendas de queijos da companhia perto de R$ 1,6 bilhão, a divisão representou 40% da receita. O presidente da Vigor, Luis Gennari, não deu detalhes da receita total da empresa, mas revelou alguns dos próximos movimentos relacionados à estratégia.

O plano inclui um aporte de R$ 100 milhões apenas neste ano na área de queijos, destinado a fábricas, marketing e capital de giro para manter estoques. Há, ainda, a parceria com produtores mineiros em um projeto que visa incentivar o consumo de queijo artesanal no país.

Desde que assumiu em janeiro de 2020, a contribuição para o desempenho que Gennari considera positivo veio, sobretudo da divisão de queijos, que avançou na média de 20% ao ano. Em 2022 cresceu 30%. As outras três áreas de negócios são lácteos (iogurtes e sobremesas), margarinas e maioneses, e a que atende empresas de todos os tamanhos. “Tínhamos surfado de forma muito especial o lançamento do grego no mercado de iogurtes [até 2019], o que colocou a companhia em outro patamar no cenário nacional de alimentos. Mas a gente precisava ser Vigor além do [iogurte] grego”, revela.

De acordo com o executivo, a companhia fez aportes estruturais e em marketing que ajudaram a “dobrar” o negócio de queijos no período entre 2019 e 2022. A Vigor conseguiu ganhar espaço porque aproveitou a onda da “gourmetização”. Fora o interesse crescente das pessoas por cozinhar, os momentos de aperitivo (mesmo os “happy hour” de forma virtual que ocorreram na pandemia) também ajudaram a impulsionar as marcas Faixa Azul e Vigor.

Ele conta que a empresa está de olho no consumidor que busca diferenciar um pouco o dia a dia  - “aquele que põe um pouco de parmesão na salada verde”, exemplifica. As pessoas que têm esse perfil pertencem a uma faixa de poder aquisitivo que não foi tão afetada pelo contexto econômico, mas o gosto por diversificação não é restrito à classe social.

“A questão sócio demográfica não é mais suficiente para traçar perfil de consumo. Não olhamos só para ela”, disse. O que a classe social, na realidade, determina, é o ritmo de compras. Em outras palavras: quem tem menor poder aquisitivo também vai comprar um queijo diferente para aperitivo, mas menos vezes.

Gennari ressalta que o desafio dessa indústria - e não apenas da Vigor -, é desenvolver a categoria observando esses potenciais. Uma das formas para ampliar vendas é desenvolver as ocasiões de consumo, além de ampliar o portfólio de produtos.

Entre as estratégias da companhia, está a fechamento de parcerias com pequenos produtores mineiros objetivando incentivar o consumo de queijo artesanal. O executivo explica que a Vigor disponibiliza, aos produtores, acesso a seus fornecedores, à sua equipe técnica e à capilaridade logística, mas o modelo não é o de sociedade. “Não muda nada na produção deles”, reforça. A ideia da Vigor é ‘assinar embaixo’ de produtos com qualidade reconhecida para incentivar as vendas na categoria. São queijos premiados internacionalmente.

Sobre boatos de que o grupo Lala teria interesse em vender a empresa, o executivo é categórico ao afirmar que a informação não procede. “Não estamos à venda. Não há nenhuma intenção direta. A Vigor é um negócio que eles visualizam como oportunidades para contribuir com o crescimento do grupo”, afirma.

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Fonte: Valor Econômico

Veja mais sobre: Vigor, queijo, Lala, iogurte, grego

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