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Adventurous Thinking Design Think Pensamento Aventureiro Inovação

Design Thinking já era

POR Reportagem SA+ Conteúdo

EM 31/07/2018

Para um grupo crescente de empreendedores, o método Design Thinking já pode ser esquecido, pois algo muito melhor foi criado: o Adventurous Thinking, ou Pensamento Aventureiro, que pretende levar mais longe as possibilidades de inovação e resolução de problemas, seja nos negócios ou fora deles. Criada por Sally Domínguez, arquiteta e designer australiana que passou a dar aulas sobre pensamento criativo na Universidade de Stanford , Estados Unidos, a abordagem tem por objetivo, segundo ela, “amplificar o pensamento criativo, promover inovações consistentes e ajudar a criar sistemas, produtos e estratégias robustas e sustentáveis”.

Isso por meio de cinco “lentes” de pensamento que são formas de levar nossas a ideias a um novo estágio. Quebrando a linearidade do pensamento, explica Sally, as lentes “pluralizam um produto, sistema ou ambiente, para revelar seus múltiplos sentidos, e atuam como ferramentas para levar indivíduos e equipes para fora de seus caminhos neurais habituais, em direção a ideias e soluções mais diversas”.

Estas lentes são:

1) Espaço negativo: antes de pensar o que uma ideia pode ser, é importante saber o que ela não é. Tirando o que é inviável ou desnecessário do caminho, sobrarão as alternativas mais promissoras. Esse espaço tem dimensões físicas, de percepção e duração. Assim, se pode estabelecer limites de espaço, tempo e expectativas, para além dos quais algo pode ser descartado.

2) Pensamento lateral: essa é a dimensão social do pensamento aventureiro. Resume-se basicamente a olhar para os lados e somar às suas ideias as do seu time ou pessoas próximas. “Pensar lateralmente é particularmente efetivo para a construção de uma equipe, mostrando como a junção de pessoas com pensamentos rápidos, lentos e discretos podem ser acomodados, para que todos tenham voz. Também é útil para reconsiderar a presença em mercados”, escreve Sally Dominguez.

3) Pensamento retroativo: pegar uma ideia pronta e desconstruí-la, considerando cada aspecto seu, para entender seus múltiplos impactos - econômico, emocional, opinião pública, entre outros - e identificar etapas mal elaboradas. Assim funciona o pensamento retroativo, que, segundo Sally, é particularmente útil para “planejar e entregar campanhas e garantir que as consequências finais da ideia para o produto, para a campanha e para o cliente sejam compreendidas”. Essa lente também pode ser entendida em termos de considerar uma inovação ou novo produto “do berço à cova”, ou “do berço ao berço”, quando pode ser renovado continuamente.

4) Repensar: é parecido, mas não a mesma coisa que o pensamento retroativo. Aqui, a ideia é repensar os valores e aspectos da ideia. Não separando-a em partes, mas tudo o que a envolve como um todo. “O que você tem em mãos? Quais são suas propriedades? O que ela faz bem, ou o que ela não faz? E o que mais ela poderia fazer?”, são perguntas sugeridas pela idealizadora do Pensamento Aventureiro ao utilizar a lente do repensamento. Com ela, você pode descobrir que seu produto ou negócio tem um potencial ainda maior do que o imaginado originalmente.

5) Parkour: o verdadeiro salto inovador. A ideia é imaginar todas as formas possíveis de seguir em frente com uma ideia, e escolher a que traz o maior risco positivo. Ou seja, aquela em que o melhor cenário vai te levar o mais longe possível. Para isso, Sally sugere listar todas as ações possíveis para seu negócio, boas e ruins, como as atividades principais da empresa, as ideias pré-concebidas, os efeitos colaterais. Selecione as cinco principais, e, tendo-as no papel, imagine exatamente o oposto de cada uma. O que aconteceria se você fizesse o contrário do que faz? Esse “salto de fé”, assim como no Parkour, pode te levar a caminhos totalmente novos e à verdadeira disrupção de um negócio.

 

Sem medo de falhar

Assumir o Pensamento Aventureiro significa, também, admitir não só a possibilidade, mas a certeza de que irá falhar algumas vezes. Afinal, só arriscando se chega a soluções novas para qualquer problema, e mesmo algo que não funcione pode te ensinar algo que torne a próxima tentativa mais certeira.

Por isso, Sally Dominguez incentiva como prática a “pequena falha diária”. Em qualquer atividade banal, tentar algo realmente difícil, para, mesmo que não dê certo, entender porque não houve sucesso, e como ele poderia acontecer. “Praticar pequenas falhas, e idealizar repetidamente sem medo de errar, é central para pensar de forma efetivamente inovadora e ser um solucionador de problemas consistente”, explica. 

As pequenas derrotas são, no Pensamento Aventureiro, uma das formas de desenvolver o “andaime da inovação” dentro de nossa cabeça. Ele é criado por técnicas que levam a um pensamento inovador, cada vez mais natural conforme se pratica. Outras maneiras de construí-lo é estimular o pensamento ágil e rápido, realizando diariamente brainstorms de 15 minutos, por exemplo.

“Um bem sucedido andaime da inovação cria um ambiente psicologicamente seguro para inovar, ajudando a repensar a linguagem usada nas tarefas e as expectativas com elas, além de substituir platitudes confortáveis por uma crítica construtiva”, explica a idealizadora.

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TAGS:Adventurous Thinking, Design Think, Pensamento Aventureiro, Inovação
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