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26/06/2025
42% dos consumidores pagariam mais para ter uma experiência aprimorada no varejo alimentar físico
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 26/06/2025

Self-Checkout do Prezunic em Icaraí. Foto: Divulgação
As lojas físicas de supermercados vêm sendo cada vez mais associadas à inovação pelos consumidores brasileiros. É o que mostra um estudo da Neogrid em parceria com o Opinion Box: 66% dos entrevistados identificam um movimento positivo do varejo físico em direção ao uso de tecnologias.
A percepção acompanha uma série de mudanças em curso no setor. A maioria dos consumidores (61%) já utilizou caixas de autoatendimento e aprovou a experiência, enquanto 23% demonstram interesse em testar. Apenas 5% afirmam que não pretendem usar esse tipo de recurso.
Outras tecnologias mais avançadas também começam a se disseminar nos pontos de venda. De acordo com a pesquisa, 39% dos respondentes já utilizaram e aprovaram soluções como escaneamento por celular, realidade aumentada e inteligência artificial. Outros 47% ainda não testaram, mas estão abertos a experimentar.
A valorização da inovação aparece ainda na disposição de parte dos consumidores em pagar mais por experiências aprimoradas no varejo físico: 24% estão dispostos e 18% muito dispostos a arcar com custos adicionais. Já 37% se declaram neutros quanto a esse tipo de cobrança.
Digitalização se consolida, mas não exclui o físico
O estudo mostra também que o uso de canais digitais se tornou parte da rotina dos consumidores. Segundo os dados, 75% utilizam aplicativos de supermercados com frequência: 33% semanalmente, 23% mensalmente e 19% diariamente. Apenas 4% usam esse tipo de recurso de forma ocasional.
Plataformas de terceiros também fazem parte do hábito de consumo. O uso ocasional soma 35%, enquanto 27% usam semanalmente e 8% diariamente. Apenas 9% afirmam nunca ter feito compras de supermercado por canais digitais.
A principal motivação para essa migração é a entrega rápida, mencionada por 65% dos respondentes. Outros fatores incluem personalização de produtos (14%), experiências imersivas (8%) e uso de inteligência artificial (6%).
Apesar da presença digital crescente, o varejo físico ainda é valorizado por sua diversidade de produtos e marcas, apontada por 50% dos entrevistados como principal atrativo. Outros fatores incluem a agilidade na entrega (31%) e facilidades como pagamento móvel (6%).
Desafios e prioridades para o setor
Para Bruno Maia, head de Dados e IA da Neogrid, a principal questão para o setor deixou de ser entender o que precisa ser feito e passou a ser como aplicar essas soluções de forma estratégica. “O consumidor está cada vez mais habituado ao uso da tecnologia em todos os aspectos da vida. Ele busca agilidade, autonomia e experiências relevantes, e isso vale também para as compras de supermercado”, afirma.
Ao projetar o futuro do varejo físico, os consumidores esperam mais tecnologia (49%), personalização da oferta (21%) e maior facilidade nas trocas e devoluções (18%).
“O investimento em inovação só faz sentido quando gera valor real para o consumidor. Não se trata apenas de impressionar, mas de resolver problemas, otimizar a jornada e respeitar o perfil de cada cliente”, conclui Maia.
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