Consumo de gim deve triplicar até 2026, para 35,2 milhões de litros
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 10/11/2022
Foto: Stock Adobe
O consumo de gim vem crescendo desde 2016 e ainda há espaço para mais consumo. Segundo dados da Euromonitor, o consumo de gim no mercado brasileiro saltou de 1,1 milhão de litros em 2016 para 13,1 milhões de litros em 2021. Até 2026 a expectativa é de que o volume possa triplicar para 35,1 milhões de litros. No mundo, o consumo saltou de 454 milhões para 732 milhões na mesma base de comparação.
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A International Wine and Spirits Research (IWSR) diz que o aumento anual médio do volume do gim no país foi de 74% entre 2014 e 2019, sem revelar valores absolutos. Em 2020, a taxa foi de 65%. Sua projeção é de crescimento médio anual de 8% entre 2021 e 2026.
De acordo com Rodrigo Mattos, analista da Euromonitor, o gim ainda não está entre os principais destilados do país. “O potencial de crescimento é grande. O gim surfa algumas das ondas mais modernas de bebidas alcoólicas. É refrescante, flexível e tem questão dos botânicos (insumos naturais), essa conexão com a natureza. E as marcas brasileiras exploram a brasilidade”, afirma.
O mercado brasileiro ainda é dominado por marcas estrangeiras, como a Tanqueray, do grupo Diageo, líder com 26,6% das vendas no ano passado. Depois vem Seagers, com 12,7%, Beefeater, com 5% e a Bombay Sapphire, com 0,2% do mercado.
Para Cristiane Foja, presidente da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), a versatilidade do gim na criação de drinques e o enfoque na experiência de consumo ajudam a explicar o sucesso, que atravessou a pandemia. Para a executiva é natural o surgimento das marcas brasileiras, movimento que também foi observado com as cervejas artesanais.
Drinques prontos são um novo nicho
Para a IWSR, um dos nichos com potencial de crescimento é o de drinques prontos. A marca mineira Yvy já investiu nesse segmento e lançou, em 2022, três tipos diferentes. A Pernod Ricard está com projeto piloto, com a marca Beefeater, e a Diageo tem opções tanto da Tanqueray quanto da Gordon.
Para Luciano Anavi, analista da IWSR, a popularidade do gim também está impulsionando investimentos em outras categorias, como o segmento pronto para beber [ready-to-drink]. “Vimos aumento grande de lançamentos de coquetéis de gim tanto em latas quanto em garrafas”, afirma.
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