20/02/2025
Camil quer ampliar exposição internacional e se tornar multinacional de alimentos
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 07/12/2021
Foto: Divulgação
Depois de entrar nos segmentos de massa e café e desembarcar no Equador, agora a Camil quer ampliar seu portfólio e reforçar sua presença internacional no curto e médio prazos. Para isso, a empresa quer deixar de lado a imagem de produtora de arroz e feijão e se tornar uma multinacional de alimentos.
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De acordo com o diretor financeiro e de relações com investidores, Flávio Vargas, independentemente dos cenários desafiadores dos países onde a empresa atua, o objetivo é se preparar com portfólio defensivo para potencializar o crescimento constante. "Como multinacional brasileira, visamos alcançar posição de destaque em todos os segmentos em que atuamos e ser uma plataforma de alimentos na América Latina", afirma.
Para o curto e médio prazos, o objetivo da empresa é entrar na Colômbia, Argentina e Venezuela. Atualmente, a Camil possui operações no Brasil, Uruguai, Chile, Peru e Equador.
De acordo com o executivo, 50% do arroz produzido no Uruguai é vendido no Chile e no Peru. No Equador, onde entrou recentemente com a compra da empresa de arroz Dajahu, a companhia detém cerca de 10% do mercado do cereal no geral e 20% em produto especial "envelhecido".
O executivo revela ainda que a empresa quer crescer no exterior por meio de fusões e aquisições. "O pontapé inicial se dá pelo arroz, por ser o DNA da empresa. Entramos com conforto em arroz para depois buscar a diversificação”, explica. No último ano, além da equatoriana Dajahu, a Camil comprou o Pastifício Santa Amália, de massas, e o café Seleto, da JDE. A estratégia da companhia é um misto entre crescimento orgânico e a compra de ativos que são integrados à plataforma produtiva.
No Brasil, a empresa não descarta novas aquisições. O interesse da empresa está na ampliação de derivados de trigo, temperos e molhos. Mas, no curto prazo, o foco está no lançamento de produtos de café e na integração de negócios recentemente adquiridos, como a Santa Amália, que permitirá à empresa ampliar a venda além de massas para a região.
"Para o ano que vem, estamos com otimismo cauteloso. Esperamos que não haja mudança grande do ponto de vista dos preços dos produtos e da base de receita.O desafio para o desempenho continua sendo o contexto macroeconômico, com redução do poder de compra do consumidor, desemprego elevado e elevação de custos gerais”, diz, ressaltando que o maior risco é a migração do consumidor para marcas mais baratas. Vargas diz que o aumento dos custos gerais é mais difícil de ser repassado ao valor do produto final do que o aumento das commodities. "Temos conseguido fazer repasse das commodities", afirma. "A inflação da matéria-prima é repassada para o preço, mas em custo - mão de obra, frete, energia."
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