Bem vindo ao presente do seu negócio: você está preparado?
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 08/08/2018
Análise recente de 3.000 empresas mundiais, feita pela consultoria Accenture , mostra que, enquanto 93% dos empresários sabem que seu negócio estará transformado nos próximos 5 anos, apenas 20% sentem que estão preparados para encaminhar essa transformação. Ufa! você não está sozinho.
Provavelmente filhos, netos ou funcionários já lhe apresentaram necessidades e projetos baseados nas tecnologias digitais e na automação. Provavelmente você próprio já incursionou de alguma maneira por esse universo e se surpreendeu. Batizado de 4ª Revolução Industrial, esse movimento traz uma profusão de nomes em inglês que brotam como sementinhas superadubadas. Você se pergunta: devo me importar com isso agora? Essas coisas todas se aplicam ao meu negócio? O Brasil (do jeito que vai) tem condições de absorver essas tecnologias? Por onde, diabos, eu começo?
De fato, todos nós estamos sofrendo de FoMO – Fear of Missing Out – uma ansiedade permanente gerada pelo medo de perder algo, de não estar conectado, de ficar ultrapassado. Essa definição partiu de um professor de Harvard. É tanta coisa surgindo sem parar, e numa língua tão difícil de compreender, que fica difícil tomar o primeiro passo. Normal. Respire fundo.
Nessa 4ª revolução entra tudo que tem a chancela de inovação – biotecnologia, robôs, inteligência artificial, nanotecnologias, neurotecnologias, drones, big datas, sistemas de armazenagem de energia, impressoras 3 D. Só para começar. É a chamada tecnologia disruptiva, aquela que não deixa pedra sobre pedra. Essa disrupção envolve desde regiões no planeta que agrupam empresas de alta tecnologia, como o Vale do Silício, nos EUA, a megacorporações e startups – microempresas que buscam soluções bombásticas. Poucas conseguem de fato revolucionar, mas muitas já implodem o passado, criando novas maneiras de tratar problemas, necessidades e de gerir o negócio. Desemprego em massa e rompimentos éticos são ameaças concretas, mas esse é assunto para outra reportagem. Em toda revolução é preciso tourear o lado sombrio. A boa notícia é que nossa capacidade de construir ainda é maior do que a de destruir.
[galeria_group]bem-vindo-ao-presente1[/galeria_group]
Crescimento Digital
O Brasil pode estar atrasado no envolvimento digital. E está. Mas a verdade é que o mundo todo vem entrando nesse universo há pouco tempo. Estudo de 2017, esse da consultoria BCG, já separa as empresas avançadas das retardatárias. A pesquisa, com 1.300 executivos, compara EUA com Europa e indica que alguns segmentos, por pressão do mercado e da natureza do negócio, saíram na frente. A mudança, entretanto, virá para todos. A revolução industrial, que saiu do modelo artesanal para o de produção com máquinas, começou por volta de 1720 e evoluiu até 1820/1840. Porém 100 anos para a revolução digital é brincadeira. Daqui a duas décadas nada será como antes.
[noticiasRelacionadas]
Are you ready?
Esse “big bang” ocorre em nome daquilo que se persegue desde sempre: vantagem competitiva, maior produtividade e lucro, melhoria de vida, novos prazeres, novas conquistas. por trás disso tudo está a necessidade humana de desafiar a mortalidade
Obstáculo e atitudes
O estudo da BCG revela também o que preocupa as empresas e o que fazem as mais avançadas.
Por que algumas empresas são avançadas
- Elas investem pelo menos 5% dos recursos operacionais no esforço digital
- Conferem a mais de 10% de sua mão de obra funções digitais
- Incorporam habilidades digitais nas funções existentes e nas unidades de negócio