Um pouco mais de um mês desde o início das enchentes no Rio Grande do Sul, o nível da água baixou na maior parte das cidades afetadas. Assim, varejistas já podem dimensionar com mais certeza as consequências da crise. 

 

O Asun, por exemplo, que possui 39 unidades espalhadas pelo estado, teve quatro lojas inundadas e uma quinta completamente saqueada. Essa última estava em operação em Eldorado do Sul, e os assaltantes chegaram a ameaçar os colaboradores para conseguir alimentos, computadores e equipamentos pequenos. 

 

É estimado que o prejuízo da empresa com esse empreendimento alcance R$ 5 milhões. Contudo, isso não desmotivou o varejista a continuar investir na região. Pelo contrário, na última semana o Asun reinaugurou a unidade – menos de um mês desde o ocorrido. Na fachada, um aviso de Antônio Ortiz, presidente do grupo, destacava: “É hora de renascer. Estamos renascendo”. 

 

Das cinco lojas afetadas pela crise climática, somente duas permanecem fechadas. Essas unidades estão localizadas em Canoas, onde a água chegou a subir entre 1,5 m e 3 m. Apesar da situação mais crítica, representantes da empresa garantem que os empreendimentos serão reinaugurados. 

Até o dia 5 de junho, a expectativa era de que uma das unidades abrisse as portas no dia 15, já a outra, onde a água alcançou os 3 m, ainda não há previsão de reinauguração. 

Efetividade no gerenciamento da crise

 

Ainda nos primeiros dias das enchentes, quando notou que o nível da água não desceria tão cedo, Ortiz abriu um comitê de gestão de crise no Asun. Assim, e com as lições aprendidas durante a pandemia, a equipe aplicou estratégias de gerenciamento de estoque por meio de campanhas onde consumidores eram instruídos a comprar somente o necessário. 

 

Durante a crise, a prefeitura também aconselhou os gaúchos a irem para o litoral norte do Estado, e as lojas da região tiveram que se adaptar rapidamente para atender a alta demanda que normalmente não existia na época. 

 

A empresa ainda doou carretas de água potável e auxiliou, com veículos e gasolina, a doação de alimentos.

Fonte: Exame