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26/06/2025
Índice médio de perdas no varejo alimentar avança em 2024
POR Reportagem SA+ Conteúdo
EM 26/06/2025

Foto: Adobe Stock
A 8ª edição da pesquisa da Abrappe (Associação Brasileira de Prevenção de Perdas), divulgada neste mês, mostra que o índice médio de perdas no varejo alimentar subiu de 1,91% em 2023 para 2,39% em 2024.
O levantamento considera diferentes formatos de loja e evidencia um cenário de atenção para o setor, especialmente nos supermercados convencionais e atacarejos, que apresentaram os maiores aumentos.
Nos supermercados convencionais, o índice de perdas passou de 2,50% para 2,79%, enquanto os atacarejos registraram um salto mais expressivo, de 1,25% para 1,85%.
Já nos hipermercados, o avanço foi mais moderado: de 2,03% para 2,11%. Mercados de vizinhança praticamente mantiveram o mesmo patamar, passando de 3,31% para 3,30%.
O destaque positivo ficou com as lojas de conveniência, que reduziram suas perdas de 3,86% para 3,06%.
Perecíveis lideram perdas
Entre as seções com maior índice de perdas em 2024, os perecíveis seguem concentrando os maiores prejuízos. O segmento de flores lidera com 7,71%, seguido por rotisseria (6,11%), frutas, verduras e legumes (6,10%), e padaria e cafeteria (4,82%). O setor de carnes aparece com 3,75%, e a peixaria, com 3,19%.
Entre os itens de menor índice estão os de mercearia seca, com 1,53%. Esses dados reforçam os desafios logísticos, de controle de validade e de exposição nas gôndolas que ainda impactam de forma significativa o setor de perecíveis.
E-commerce também enfrenta desafios
O comércio eletrônico de alimentos e bens de consumo também foi analisado pela pesquisa. No e-commerce, o setor pet lidera o índice de perdas, com 1,29%, seguido por supermercados convencionais (1,06%) e farmácias/drogarias (0,80%).
As causas dos cancelamentos variam conforme o formato. A indisponibilidade de produtos foi o principal motivo em todos os canais físicos com atuação online, especialmente nos atacarejos, onde responde por 57,5% dos cancelamentos.
Supermercados convencionais aparecem com 42,13% de indisponibilidade, seguidos por hipermercados (30,67%) e mercados de vizinhança (45,12%). A desistência do cliente também tem peso relevante, especialmente nos hipermercados, onde representa mais da metade dos cancelamentos (50,67%).
Entregas fora do prazo e pedidos não entregues também aparecem com frequência, indicando oportunidades de melhoria nos processos de logística e abastecimento para operações digitais.
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