18/08/2025
#TradeConnection: marketing de influência no varejo aposta em humanização e conexão real com o consumidor
POR Gabrielly Mendes
EM 13/08/2025

Foto: SA+ Varejo
No painel sobre marketing de influência no varejo, realizado durante o Trade Connection 2025, três influenciadoras supermercadistas com experiências distintas no setor compartilharam estratégias para transformar redes sociais em ferramentas de engajamento e vendas.
Participaram do debate Karol Babadeira, influenciadora e diretora de marketing do Grupo Royal, Fernanda Dalben, diretora de trade marketing da Rede Dalben, e Cintia Viegas, diretora de marketing da Casa do Arroz. As três destacaram a importância da humanização na comunicação com o público.
“O Brasil é sucesso de influência porque os influenciadores sabem misturar vida profissional e pessoal”, disse Karol, que é da terceira geração da rede Royal Supermercados. “A humanização gera identificação e conversão. Diferente de contratar pessoas, o dono sabe falar com propriedade e pode mostrar sua criatividade e mente empreendedora”.
Karol contou que passou três anos divulgando a loja nas redes antes de se tornar influenciadora e reforçou a importância de usar rostos reais, especialmente da própria família. “Se não tiver uma pessoa da família, contrate alguém em contrato de exclusividade. É melhor do que boneco 3D e IA”, afirmou.
Cintia Viegas, da Casa do Arroz, também mistura vida pessoal e profissional em seus canais e compartilhou um exemplo de sucesso. “Fiz o lançamento do Suco Verde da Cintia, porque eu sempre aparecia nos vídeos bebendo suco verde. Ele passou a vender mais do que refrigerantes. Ali eu vi o poder do marketing de influência”.
A empresa, segundo ela, também aposta em colaboradores como influenciadores locais. “É legal ver se tem um colaborador alinhado com os valores e que é comunicativo. Isso dá muito certo. É muito legal quando o cliente reconhece um dos nossos influenciadores no supermercado”.
Já Fernanda Dalben prefere manter um posicionamento mais profissional nas redes. “Não há certo nem errado. É confortável para mim dessa forma. Eu gosto do publieditorial. Tem sua verdade ali no meio, mas há o conteúdo pago”. Ela destacou o papel dos clientes como produtores de conteúdo, especialmente em ações realizadas via CRM. “Todo consumidor é um produtor de conteúdo. Quando a gente dá ferramentas, press kits, faz uma campanha de degustação, eles acabam postando”.
“A empresa precisa entender que o marketing é mais do que fazer cartazes e vídeos. Ele pode movimentar todo o negócio”, afirma Karol Babadeira, influenciadora e diretora de marketing do Grupo Royal.
O painel também abordou o impacto de críticas e haters. Para Cintia, o importante é manter o foco: “Sempre vai ter. Mas é ter consciência do nosso conteúdo. Toda crítica construtiva é bem-vinda”.
Fernanda encerrou com uma mensagem para quem ainda não aderiu ao digital: “Pessoas se conectam com pessoas, para tudo. No digital é ainda mais latente, porque estamos fisicamente separados. O supermercado não compete só com outros supermercados, compete com vídeos de cachorros, bebês, etc”.
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Gabrielly Mendes
Repórter Junior