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Sucessão sem medo: entenda como o varejo e a indústria lidam com esse momento inevitável para qualquer empresa

POR Bárbara Fernandes

EM 25/07/2024

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Fernando Ramalho (à esq.) assumiu em junho a presidência do Mercadinhos São Luiz, que era de Severino Ramalho Neto. Foto: Marília Camelo


"Tem que haver desapego”. A frase é de Severino Ramalho Neto, ex-presidente do Grupo Mercadinhos São Luiz, que opera uma bem-sucedida rede de supermercados premium no Ceará, além de lojas de desconto. A empresa está vivenciando neste ano uma mudança de comando, que aconteceu em junho. Em planejamento, a varejista definiu que haverá uma troca no  momento em que apessoa completar 65 anos.


É o que aconteceu com Neto. Ele cedeu lugar ao irmão, Fernando Ramalho, que permanecerá no posto pelos próximos cinco anos. “Nesse período, vamos preparar o novo sucessor, que vem de outra geração, com um olhar forte para as tendências e tecnologias, mas sem deixar de lado nossos valores e cultura”, explica o empresário. O processo que aconteceu na varejista cearense é chamado de sucessão voluntária. Como o próprio nome diz, significa que a saída aconteceu em comum acordo. Existe também a involuntária, forçada por um acontecimento maior – por exemplo o falecimento do fundador que está à frente da empresa.


Como deve ser o processo


Independentemente do motivo, uma sucessão bem-feita exige primeiramente responder a algumas questões importantes:


  • Qual o propósito ou missão da empresa?
  • Quais os planos para o futuro?
  • Aonde a família quer chegar com a companhia?


Segundo Rodrigo Pecchiae, especialista em governança corporativa de família, o ideal é que os sucessores absorvam o DNA implementado na fundação da empresa. Contudo, é comum surgirem questões ideológicas entre as gerações.

“É preciso combinar a ousadia e a inovação dos mais novos com a experiência e aprendizados do sucedido. Não há necessidade de abrir mão de nenhum dos lados. Mas sim mesclar ambos e dar tempo para a maturidade”, explica o especialista.

Qualificação


A mudança de comando faz a empresa entrar em uma nova etapa. Daí a necessidadede se contar com pessoas preparadas para dar continuidade ao sucesso do negócio.


“Não é apenas sobre o presidente”, avalia José Barral, conselheiro de varejistas como Nordestão (RN) e Mercadinhos São Luiz (CE). “É preciso olhar também para diretores que estão há 20 ou 30 anos no cargo e como eles vão se preparar numa sucessão”, completa.


Segundo Barral, o processo pode mexer com o grau de ambição das pessoas. Por isso, cada um deve entender bem o seu papel. O sucessor, por exemplo, precisará lidar com a pressão da nova posição, sem se esquecer de que há uma equipe ajudando a comandar a empresa. Já aqueles que ficaram de fora do posto, poderão compor o conselho.


Um tabu na sucessão


Segundo Pecchiae, é preciso desmistificar que o tema sucessão está associado à morte. “O processo é o alinhamento e a continuidade dos três sistemas: família, empresa e patrimônio”, afirma. Para ele, o assunto deve ser trabalhado de forma amorosa e honrosa.


“A pessoa que será sucedida não vai deixar a empresa ou o poder, mas, sim, se tornar um professor para ensinar como chegou até ali. Dessa forma, quando o sucessor se sentir seguro, o bastão é passado definitivamente e a pessoa que está saindo passa a integrar, por exemplo, o conselho, onde seu tempo, fora do dia a dia da empresa, será mais estratégico”, explica.


Cases

Um varejo e uma indústria contam suas práticas na sucessão


01.Mercadinhos São Luiz 


União na transição e novos papéis


Foto: Arquivo SA + Ecossistema De Varejo

PLANO DE EXPANSÃO


Com novo presidente, a varejista cearense mantém seu planejamento de abrir 13 lojas até 2026


Sucessão


Desde que deixou a presidência, Ramalho Neto faz parte do Conselho Consultivo. Nele, possui dois papéis importantes. O primeiro é pensar ainda mais na estratégia da companhia. O segundo é trabalhar as mudanças que estão acontecendo com os públicos da empresa. A ideia é conscientizá-los dos benefícios do processo e minimizar o medo inerente às transições de ciclos.


“Criamos o teto de 65 anos para a troca de comando com o objetivo de ser um exemplo para todos e incentivar outras ‘sucessões’ dentro da companhia. Uma empresa centenária como a nossa precisa pensar também em como modernizar suas áreas e sua cabeça. Por essa razão, a sucessão não deve ser apenas para a presidência, mas o presidente precisa dar o exemplo”, explica Neto.


Segundo ele, o momento tem sido de união entre os membros da família, que estão cientes de cada um ter seu papel nessa trajetória e de não haver função maior ou menor. “A pressão não está toda no Nando (apelido de Fernando Ramalho), como nunca esteve toda em mim. A pluralidade de visões é o que sempre fez nossa força e, ao mesmo tempo, a convergência dos nossos pensamentos em enxergar o futuro para realizar essa e as próximas sucessões”, afirma Neto.


“Começamos a pensar em ter um conselho por meio da sucessão. Já estamos com pessoas da 4a geraçãoo negócio. Tanto minha filha quanto minha sobrinha ocupam cargos na empresa”
SEVERINO RAMALHO NETO - Ex-presidente do Grupo, durante a 12a edição do Fórum Nacional de Integração Varejo e Indústria

Waldir Beira Junior, presidente da Ypê. Foto: Helton Nobrega/Divulgação


Eduardo Beira, diretor executivo de operações e representante da nova geração na Ypê: visões que se complementam. Foto: Helton Nobrega/Divulgação


02. Ypê


Continuidade e políticas claras


Uma das maiores fabricantes de produtos de limpeza do País, com 73 anos de atuação, a Ypê viveu o que se chama de sucessão involuntária. Ela aconteceu quando o pai do atual presidente executivo, Waldir Beira Junior, faleceu. Além do momento de luto, foi preciso vencer o desafio de assumir a empresa e dar continuidade ao sucesso construído até aquele momento.


Hoje, presente em 95% dos lares brasileiros, a empresa segue uma governança robusta e estruturada, com padrões rígidose exigências comparáveis às de companhias de capital aberto. “É preciso elaborar políticas claras que regulem as questões de sucessão, entrada de novos membros e resolução de conflitos para proporcionar um ambiente organizado e previsível”, explica o empresário. Atualmente, a terceira geração da família já está presente na companhia. Um de seus representantes é Eduardo Beira, sobrinho do presidente, que responde pela diretoria executiva de operações da Ypê, e tem participado de importantes projetos para o futuro da companhia.


“Empresas fundadas por uma pessoa precisam ficar atentas, pois a tendência é seguir o ciclo de vida do fundador”
WALDIR BEIRA JUNIOR - Presidente executivo da Ypê
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TAGS:empresas familiares,Gestão e negócios,JULHO-2024: SA+ | Famílias Empresárias, Mercadinhos São Luiz,Ypê
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